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Pix noturno tem valor máximo de R$ 1 mil a partir de hoje

Entra em vigor esta semana o limite de valor dos pagamentos entre as 20h e as 6h, medida adotada pelo Banco Central para dificultar a ação dos golpistas

Mulher com celular e cartão do banco

A facilidade das transferências por meio do Pix teve como efeito colateral o aumento do número de golpes financeiros |Foto: Getty Images

A partir desta segunda-feira, dia 4, os bancos deverão limitar os pagamentos no período das 20 horas às 6 horas a no máximo R$ 1 mil. A medida faz parte das prevenções adotadas pelo Banco Central para conter a conda de crimes envolvendo as transferências eletrônicas, especialmente por meio do Pix.

A facilidade das transferências por meio do novo sistema de pagamentos teve como efeito colateral o crescimento dos golpes nos quais os ladrões transferem recursos rapitamente para outras contas.

Além do Pix, o limite de R$ 1 mil no período noturno também será aplicado nas transferências por meio de Documento de Crédito (DOC) e TED (transferência eletrônica disponível) e boletos de pagamentos, para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas a crimes, como sequestros.

Limites poderão ser alterados pelo cliente

Esses limites poderão ser alterados a pedido do cliente, desde que formalizado nos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras.

Nesse caso, a instituição deverá estabelecer prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para a efetivação da ampliação do limite das transações. Com isso, o Banco Central busca conter o aumento em situação de risco do cliente.

A Resolução que estabelece todas essas medidas está disponível no site do Banco Central.

Pix sob suspeita poderá ser bloqueado por 72 horas

A partir de 16 de novembro, as instituições financeiras poderão bloquear o recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, caso haja suspeita que a conta beneficiada seja usada para fraudes.

A medida consta de resolução publicada no dia 28 de setembro pelo Banco Central (BC), com o objetivo de reforçar a segurança para o sistema instantâneo de pagamentos.

Segundo o BC, o bloqueio preventivo permitirá que a instituição financeira faça uma análise mais cuidadosa de fraude em contas de pessoas físicas, aumentando a chance de recuperação dos recursos por vítimas de algum crime ou extorsão. O bloqueio será imediatamente comunicado ao usuário recebedor.

A resolução também torna obrigatória a notificação de infração, por meio da qual as instituições registram eventuais irregularidades e compartilham as informações com as demais instituições sempre que houver consulta a uma chave Pix. Atualmente, essa notificação é facultativa. O BC também ampliou o uso do mecanismo para transações em que pagador e recebedor tenham contas no mesmo banco e para operações rejeitadas por suspeita fundada de fraude.

O uso de informações vinculadas às chaves Pix será ampliado para prevenir fraudes. As instituições poderão consultar as notificações de fraudes vinculadas a usuários finais mesmo em procedimentos não vinculados diretamente ao sistema de pagamentos instantâneos, como abertura de contas.

Instituições financeiras devem reforçar mecanismos de segurança

A resolução obrigou que os mecanismos de segurança adotados pelas instituições sejam no mínimo iguais aos procedimentos do BC. Casos de excessivas consultas de chaves Pix que não resultem em liquidação ou de consultas a chaves inválidas deverão ser identificados e devidamente tratados.

O BC também determinou que as instituições que oferecem o Pix serão responsabilizadas caso fique comprovado que a fraude decorreu de falhas nos mecanismos de segurança e de gerenciamento de riscos. As instituições estarão obrigadas a usar as informações vinculadas às chaves Pix como um dos fatores para autorizar ou rejeitar transações.

O Banco Central informou que as medidas criam incentivos para que os participantes do Pix aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes. Todas as medidas entrarão em vigor em 16 de novembro, exceto os limites de R$ 1 mil para transações noturnas entre pessoas físicas, que entra em vigor em 4 de outubro. (Com Agência Brasil)

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