Produção de motos em 11 meses é a maior para o período desde 2015
Volume produzido no ano chegou a 1,12 milhão, após crescimento de 9,3% na produção em novembro, ante mesmo mês de 2020
09/12/2021A produção de motos subiu 9,3% em novembro contra igual mês do ano passado, chegando a 113,8 mil unidades.
Na comparação com outubro, a alta foi de 4,9%, o que leva o total produzido desde o início do ano para 1,12 milhão de motos. O volume representa crescimento de 25,9% e é o maior, entre períodos equivalentes, desde 2015.
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Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 9, pela Abraciclo, entidade que representa as montadoras de motocicletas, cujas fábricas estão concentradas no polo industrial de Manaus (AM).
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a indústria, na contramão da crise, entrou num novo ciclo de crescimento.
Esse movimento está sendo puxado pela demanda por transporte individual de baixo custo e pelo crescimento dos serviços de entrega (delivery).
A avaliação é de que a produção só não foi maior em razão das medidas de segurança necessárias para evitar a disseminação da covid-19 nas fábricas, principalmente no início do ano.
À época, a indústria da região de Manaus teve de reduzir o horário de funcionamento das linhas, em meio ao colapso do sistema de saúde público da capital amazonense.
“O maior distanciamento entre os postos de trabalho aumenta o tempo de fabricação. Além disso, devido à segunda onda do coronavírus, em Manaus, deixamos de produzir cerca de 100 mil unidades no primeiro bimestre”, observa Fermanian.
Projeções para a produção de motos
O setor espera encerrar este mês com 1,22 milhão de motocicletas produzidas no ano, com crescimento de 26,8% em relação a 2020.
Diante de incertezas locais e relacionadas ao risco de repique da pandemia a partir das mutações do vírus, a Abraciclo evita traçar no momento suas perspectivas ao próximo ano.
Porém, a entidade adianta que a tendência seja de aceleração nos volumes do setor.
“A falta de previsibilidade é uma grande preocupação. A chegada da variante Ômicron contaminou os mercados globais com pessimismo e, no Brasil, temos diversas incertezas no cenário político-econômico. Algumas medidas podem impactar negativamente o desempenho do setor”, avalia o presidente da entidade. (AE)