close

Produção de motos em 11 meses é a maior para o período desde 2015

Volume produzido no ano chegou a 1,12 milhão, após crescimento de 9,3% na produção em novembro, ante mesmo mês de 2020

Motos enfileiradas, alusivo á produção de novembro no Brasil

Segundo a Abraciclo, a indústria de motos, na contramão da crise, entrou num novo ciclo de crescimento | Foto: Getty Images

A produção de motos subiu 9,3% em novembro contra igual mês do ano passado, chegando a 113,8 mil unidades.

Na comparação com outubro, a alta foi de 4,9%, o que leva o total produzido desde o início do ano para 1,12 milhão de motos. O volume representa crescimento de 25,9% e é o maior, entre períodos equivalentes, desde 2015.

Saiba mais

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 9, pela Abraciclo, entidade que representa as montadoras de motocicletas, cujas fábricas estão concentradas no polo industrial de Manaus (AM).

Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a indústria, na contramão da crise, entrou num novo ciclo de crescimento.

Esse movimento está sendo puxado pela demanda por transporte individual de baixo custo e pelo crescimento dos serviços de entrega (delivery).

A avaliação é de que a produção só não foi maior em razão das medidas de segurança necessárias para evitar a disseminação da covid-19 nas fábricas, principalmente no início do ano.

À época, a indústria da região de Manaus teve de reduzir o horário de funcionamento das linhas, em meio ao colapso do sistema de saúde público da capital amazonense.

“O maior distanciamento entre os postos de trabalho aumenta o tempo de fabricação. Além disso, devido à segunda onda do coronavírus, em Manaus, deixamos de produzir cerca de 100 mil unidades no primeiro bimestre”, observa Fermanian.

Projeções para a produção de motos

O setor espera encerrar este mês com 1,22 milhão de motocicletas produzidas no ano, com crescimento de 26,8% em relação a 2020.

Diante de incertezas locais e relacionadas ao risco de repique da pandemia a partir das mutações do vírus, a Abraciclo evita traçar no momento suas perspectivas ao próximo ano.

Porém, a entidade adianta que a tendência seja de aceleração nos volumes do setor.

“A falta de previsibilidade é uma grande preocupação. A chegada da variante Ômicron contaminou os mercados globais com pessimismo e, no Brasil, temos diversas incertezas no cenário político-econômico. Algumas medidas podem impactar negativamente o desempenho do setor”, avalia o presidente da entidade. (AE)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra