Resultados operacionais impulsionam lucro da Vibra
Maior empresa brasileira de distribuição de combustíveis teve lucro de R$ 707 milhões no 2º trimestre. Veja destaques dos resultados
16/08/2022
Safra tem recomendação de compra para o papel VBBR3, com preço-alvo de R$ 25,90 | Foto: Divulgação
Os fortes resultados do segundo trimestre da Vibra (VBBR3), antiga BR Distribuidora, refletem não apenas o efeito positivo não recorrente dos ganhos de estoque (mesmo quando líquidos de resultados de hedge), mas também um sólido nível de rentabilidade. O lucro líquido da companhia chegou a R$ 707 milhões.
O Ebitda ajustado do 2º trimestre de R$ 1,612 bilhão foi 46% superior ao trimestre anterior, como resultado de maiores volumes e preços, e 6% acima da projeção do Banco Safra, principalmente devido a preços realizados acima do esperado e ganhos de estoque.
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Em relatório de atualização da cobertura do Safra para as ações VBBR3 na B3, a recomendação de compra foi reforçada, com preço-alvo para o papel de R$ 25,90.
Conforme a análise, a margem Ebitda de R$ 175/m³ no 2T22 cresceu 42% no trimestre e ficou acima da estimativa de R$ 161/m³.
Se ajustados pelos efeitos não recorrentes de ganhos de estoque e recuperações fiscais, a margem atingiu R$ 124/m³, ainda um nível sólido, segundo o banco.
O lucro de R$ 707 milhões é superior aos R$ 325 milhões do primeiro trimestre devido ao maior resultado operacional, parcialmente compensado por maiores despesas financeiras e tributárias.
Em relação à estimativa do Safra, o resultado final ficou 4% abaixo do esperado devido às despesas financeiras e ajustes cambiais acima do esperado.
Segmentos
Em seu relatório, o Safra destaca que o Ebitda ajustado no segmento de Varejo atingiu R$ 786 milhões (+29% na comparação trimestral) e o Ebitda/m³ foi de R$ 139 (+24% T/T), refletindo maiores volumes e ganhos de estoque, que foram parcialmente compensados por maiores despesas com crédito de descarbonização (CBIOs) e custos de frete.
O segmento B2B, por sua vez, teve um Ebitda ajustado de R$ 549 milhões (+48% T/T), equivalente a R$ 211/m³.
Já o Ebitda do segmento de aviação totalizou R$ 338 milhões (+73% T/T) e reflete o forte aumento de preço do combustível que foi parcialmente compensado por menores volumes (-3% T/T).
Em um período de preços locais que se desvincularam das referências internacionais e levaram a um alto custo para volumes marginais, a Vibra decidiu privilegiar o relacionamento com os clientes sobre a possibilidade de ganhos temporários de margem unitária.
E mesmo com margens muito boas, a participação de mercado da empresa de 28% foi 0,2 ponto percentual maior na comparação trimestral.
A dívida líquida encerrou o 2T22 em R$ 13,3 bilhões (+30% T/T), equivalente a 2,4x Ebitda (versus 2,1x Ebitda no 1T22), impactado pelo pagamento de ações da Comerc e pelo aumento da necessidade de capital de giro.
Vale a pena investir na Vibra Energia?
- É a maior empresa do ramo de distribuição de combustíveis no Brasil;
- A administração está focada principalmente em três pilares: Espaço para aprimoramento operacional, redução de custos e recuperação de participação de mercado.
Quais os riscos ao investir em VBBR3?
- O setor é altamente sensível à economia, pode haver mudanças nos impostos;
- Impacto negativo de questões ambientais que não sejam reconhecidas no balanço.
Sobre a Vibra Energia
A Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, é a maior empresa brasileira do setor de distribuição de combustíveis.
A companhia foi constituída para assumir as atividades de distribuição e comércio de produtos de petróleo e derivados, então realizadas pela Petrobras.
A empresa possui a maior capilaridade do mercado de distribuição de combustíveis e lubrificantes do Brasil. Opera por meio da maior estrutura logística na categoria do País, estrategicamente distribuída ao longo das cinco regiões brasileiras.

