Rio é a primeira cidade da AL a integrar o ‘Race to Zero’
Brasil tem oito municípios na lista de mil cidades no mundo que firmaram o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030
03/11/2021O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a integrar o ‘Race to Zero’, da ONU, com o compromisso de reduzir pela metade a emissão de gás carbônico na atmosfera até 2030. Dos mil municípios que se comprometeram em reduzir as emissões de gases ainda nesta década, oito estão no Brasil.
O Rio de Janeiro assinou a declaração para reduzir os investimentos em combustíveis fósseis, como carvão mineral, gás natural e petróleo, antes mesmo do início da à Convenção do Clima (COP-26) , no dia 26 de outubro.
Juntaram-se à capital fluminense Salvador, Curitiba, São Paulo e Niterói, segundo anúncio feito nesta terça-feira, 2, na convenção realizada em Glasgow, Escócia. As outras quatro cidades brasileiras a integrar a “Declaração de Desinvestimento de Combustíveis Fósseis, Investindo em um Futuro Sustentável” ainda não foram anunciadas pelo C40, grupo gestor do programa ‘Race Zero’.
Entenda o que é o ‘Race Zero’
O ‘Race to Zero’ é uma campanha global para reunir lideranças com objetivo de alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050, o que deverá limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau, conforme decisão do Acordo de Paris.
O grupo reúne atores não-estatais de todo o mundo comprometidos com uma recuperação econômica verde. É coordenado pelo C40, reunião de grandes cidades mundiais empenhadas em debater e combater as mudanças climáticas, no acordo de cooperação internacional.
Nas vésperas da COP-26, 1.484 instituições não estatais, públicas e privadas, se juntaram ao plano de ação de prazo mais curto. A diminuição de pelo menos a metade das emissões até 2030 é considerada pelos especialistas condição básica para a meta global do Acordo de Paris.
Investimentos anunciados em Glasgow destinados ao Brasil
O evento da Cúpula dos Líderes Mundiais sobre Florestas e Uso da Terra na terça-feira, 2, mudanças de ações nas finanças privadas para combater o desmatamento; no comércio sustentável de commodities florestais e agrícolas e no empoderamento dos povos indígenas e das comunidades locais.
Mais de 30 instituições financeiras que administram US$ 8,7 trilhões em ativos se comprometem a eliminar o investimento em atividades vinculadas ao desmatamento.
A iniciativa batizada de Finanças Inovadoras para a Amazônia, Cerrado e Chaco (IFACC, na sigla em inglês) anunciará US$ 3 bilhões para acelerar o desmatamento e a soja livre de conversão e a produção de gado na América do Sul.
“O objetivo é se distanciar de portfólios que investem em cadeias de suprimentos de commodities agrícolas com alto risco de desmatamento e buscar uma produção sustentável”, informou o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra), do Reino Unido.