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Saldo comercial recorde em janeiro confirma expectativa favorável para 2024

Exportações cresceram 18,5% e as importações recuaram em 0,1% na comparação entre janeiro de 2023 e 2024, destaca a FGV

Navio de contêineres saldo comercial recorde

O aumento das exportações foi liderado pelas commodities, que cresceram em volume 31,5% | Foto: Getty Images

Recorde na série histórica de janeiro, desde 1997, o superávit da balança comercial em janeiro no valor de US$ 6,5 bilhões confirma a expectativa de um cenário favorável para o setor externo associado ao desempenho da balança comercial, segundo indica o boletim do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

A variação em valor das exportações foi de 18,5% e as importações recuaram em 0,1% na comparação entre janeiro de 2023 e 2024. Repetiu-se o comportamento observado ao longo de 2023, de queda nos preços e aumento no volume.

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O aumento do volume exportado, em 21,1%, superou o das importações, em 9,7%, mostram os dados do Ibre. No caso dos preços, o recuo nas importações, de 8,8%, ultrapassou o das exportações, em 2,0%.

O boletim ressalta que a China contribuiu com US$ 2,7 bilhões para o superávit, mas os saldos positivos com África, Oriente Médio e América do Sul excluindo Argentina somaram US$ 2,4 bilhões e, com mais US$ 1,2 bilhão da Ásia excluindo a China, chega-se a um superávit de US$ 3,6 bilhões.

China impulsiona saldo comercial recorde em janeiro

“A China lidera o saldo comercial, mas os dados mostram a importância de o Brasil se manter um ‘global trader’”, diz o boletim do Icomex.

O aumento das exportações foi liderado pelas commodities, que cresceram em volume 31,5%, enquanto a variação, entre os meses de janeiro de 2023 e 2024, enquanto nas não commodities o crescimento foi de 1,6%. A queda nos preços das commodities, segundo o Icomex, foi de 2,3%.

O desempenho por setor de atividade mostra a liderança da indústria extrativa, onde as exportações cresceram em valor 53,1%, na comparação entre os meses de janeiro. Esse resultado é explicado pela variação de 44,4% em volume e de 5,9% nos preços.

Destacaram-se no setor extrativo as vendas de petróleo bruto, que corresponderam a 17,8% do total exportado, com aumento de 53,4%, em valor. Em seguida, as exportações de minério de ferro, com aumento em valor de 56,9%, sendo 20% no volume e 30,8% nos preços.

O boletim destaca que, até meados de 2023, os preços do minério de ferro estavam caindo em relação a 2022. O aumento de preços reflete a demanda chinesa, diz a divulgação. (Valor Econômico)

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