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Superquarta tem corte de juros no Brasil e manutenção das taxas nos EUA

Investidores aguardam sinais dos próximos momentos do Federal Reserve sobre a política de juros nos EUA, e também no comunicado do Copom

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Banco Central brasileiro deve cortar a taxa básica de juros em 0,5pp, levando a Selic para 10,75% ao ano | Foto: Getty images

A decisão de juros é destaque da agenda desta superquarta e o Banco Central brasileiro deve cortar a taxa básica de juros em 0,5pp, levando a Selic para 10,75% ao ano. A atenção do mercado ficará voltada para o comunicado, que deveria manter a indicação de cortes de mesma intensidade nas próximas reuniões.

Nos Estados Unidos, a expectativa de consenso de mercado é de manutenção da taxa entre 5,25% e 5,50%, mas os investidores ficarão atentos ao gráfico de pontos do Fed, que apontará o que seus membros esperam para os próximos movimentos, enquanto a fala de Jerome Powell poderia dar sinais adicionais.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou alta de +0,45% no último pregão, cotado a 127.528,85 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, a primeira resistência fica em 131.500 pontos e a segunda em 134.300. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,11% no último pregão, cotado a 5.033,50 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.940 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.860. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.045 e a segunda em 5.145.

Exterior:

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam em leve baixa à espera da decisão de juros nos EUA. Ao meio dia, será divulgado dado de confiança do consumidor de março na Zona do Euro.

Commodities:

Petróleo registra baixa (USD86,8/b; -0,60%)
Minério de ferro apresentou queda (USD105,7/t; -0,98%)

Empresas:

BB: Banco quer continuar entregando resultado robusto; banco mantém oferta para Cielo até assembleia, diz CEO
Braskem: Recomendação elevada a outperform por Grupo Santander
MRV: Cia vê lucro líquido de 2024 em R$ 250-290 mi e R$ 700-850 mi em 2025
Minerva: Mais duas plantas poderão exportar para a China

Agenda do Dia:

12:00 – Zona do Euro – Confiança do consumidor/Março
15:00 – EUA – Decisão de juros
18:30 – Brasil – Decisão de juros
Balanços: Allos, Cogna, Hidrovias do Brasil, Locaweb, Santos Brasil, Tupy e Vivara

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 127.529 (+0,45%)
S&P: 5.179 (+1,20%)
Dólar Futuro: R$5,03 (-0,11%)

Atualizações Safra:

Blau: Resultados do 4T23 – Mais um trimestre difícil em um ano para ser esquecido
No 4T23, a Blau registrou outro conjunto de resultados trimestrais sem brilho, com uma queda de 9% em relação ao ano anterior na receita (organicamente) e uma redução de quase 1.800 pontos-base na margem EBITDA, para 14,7%, principalmente devido a: (i) a consolidação da Bergamo, que tem margens menores; (ii) um cenário competitivo difícil e, consequentemente, preços mais baixos para produtos relevantes; e (iii) um mix de vendas mais fraco. Por fim, a empresa também apresentou uma queima de caixa (variação da dívida líquida) de R$71 milhões, em função da maior necessidade de capital de giro.
Nossa opinião. Vemos os resultados como neutros, já que o desempenho operacional ruim já era esperado. Portanto, mantemos nossa recomendação de venda, pois os resultados atuais e o nível das margens reforçam nossa perspectiva cautelosa para o caso.

Auren: Conclusões do Dia do Investidor
O que há de novo? Em 19 de março, a Auren realizou seu Dia do Investidor, no qual os principais executivos, incluindo Fabio Zanfelice (CEO) e Mario Bertonicini (CFO), discutiram tópicos importantes do setor e atualizaram as visões estratégicas da empresa. Em suma, saímos da reunião com uma impressão positiva sobre as perspectivas da empresa, pois continuamos a ver a empresa se concentrando no acompanhamento das tendências de preços de mercado para maximizar os ganhos na unidade de negociação, aumentando sua plataforma de negociação para atrair novos clientes, bem como analisando alternativas de crescimento em potencial, como o próximo leilão de capacidade.

Nossa opinião: Boas tendências para as geradoras hidrelétricas, bom valuation implícito para a Auren. Compartilhamos a opinião da Auren de que os preços do mercado de energia tendem a ser mais voláteis no curto prazo, mas os preços de longo prazo ainda refletirão os custos de expansão da matriz e que a capacidade firme de fontes flexíveis, como hidrelétricas e térmicas eficientes, deverá ser necessária para atender à demanda no futuro, independentemente (e por causa) do grande aumento das fontes renováveis na matriz. Acreditamos que a Auren seria competitiva no próximo leilão de capacidade de reserva. Mantemos nossa opinião de que, no caso de uma possível fusão e aquisição, a empresa manteria sua disciplina de alocação de capital e não pagaria a mais por novos ativos. Também vemos um fluxo de dividendos atraente (rendimento médio de dividendos de 7% em 2024-2025). Temos uma recomendação de Compra para a Auren principalmente por motivos de valuation (TIR real implícita de 12,3%).

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