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O velho talão de cheques sobrevive na era do Pix

No primeiro semestre foram emitidos mais de 100 milhões de cheques no Brasil, meio de pagamento ainda muito usado para valores elevados

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Volume de cheques emitidos no Brasil caiu com o Pix e outros meios digitais, aponta pesquisa da Febraban | Foto: Getty Images

O avanço dos meios de pagamento digitais, como o Pix, contribui para reduzir o uso de cheques no País. Mas o tradicional pagamento com cheques ainda resiste: no primeiro semestre de 2022, o número de cheques compensados no Brasil foi de 103,9 milhões.

O número representa uma redução de 13,8% em relação ao mesmo período de 2021, quando totalizou 120,6 milhões, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A estatística têm como base o Compe – Serviço de Compensação de Cheques.

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No ano passado, o número de cheques compensados no Brasil caiu para 218,9 milhões, uma redução de 93,4% em relação ao ano de 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques. Na comparação com 2020, a queda foi de 23,7% – naquele ano, foram compensados 287,1 milhões de documentos em todo o país.

“O cliente bancário tem deixado, cada vez mais, de usar cheques, e optado por outros meios de pagamento, em especial os canais digitais, que hoje são responsáveis por 70% das operações bancárias no País, destaca em nota Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.

Valor médio dos cheques é mais elevado em relação a outros meios de pagamento

Segundo o executivo, a crescente digitalização do cliente bancário foi impulsionada, também, pela entrada em funcionamento do Pix, em novembro de 2020. “Só neste primeiro semestre foram feitas 9,74 bilhões de transações totalizando R$ 4,66 trilhões”, destaca.

A Febraban observa que apesar da redução do número dos cheques compensados neste primeiro semestre, o total do volume financeiro dos documentos permaneceu estável passando de R$ 333,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2021 para R$ 333,3 bilhões no mesmo período deste ano.

“Os números mostram que o valor médio do cheque é mais alto, o que significa que a população está usando este meio de pagamento para transações de maior valor, enquanto as transações menores e do dia a dia são feitas com o Pix”, avalia Faria. (AE)

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