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Brasil tem 34 milhões de trabalhadores informais

Informalidade chega a 39,6%, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE

Ambulante na praia

Em apenas um trimestre, mais 526 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais, sem carteira assinada | Foto: AE

O Brasil alcançou uma taxa de informalidade de 39,6% no mercado de trabalho no trimestre até fevereiro, com 34 milhões de trabalhadores atuando informalmente, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

Em apenas um trimestre, mais 526 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais.

A proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a previdência social ficou em 64,4% no trimestre até fevereiro.

Indústria e comércio cortam 227 mil vagas

O comércio fechou 101 mil vagas no trimestre encerrado em fevereiro ante o trimestre terminado em novembro, segundo os dados da pesquisa.

Na passagem do trimestre terminado em novembro para o trimestre encerrado em fevereiro, também houve perdas de vagas na indústria (-126 mil), alojamento e alimentação (-34 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-61 mil).

Houve contratações nos outros serviços (87 mil ocupados), transporte (82 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (117 mil), construção (91 mil), serviços domésticos (102 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (151 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura ganhou 226 mil trabalhadores, e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 374 mil trabalhadores a mais.

Em um ano, comércio demite quase 2 milhões

Houve perdas em todas as demais atividades. A construção demitiu 612 mil, o comércio dispensou 1,984 milhão. Alojamento e alimentação fechou 1,536 milhão de vagas, e serviços domésticos perderam 1,288 milhão de trabalhadores.

A indústria dispensou 1,319 milhão de funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras demitiu 166 mil. Transporte perdeu 607 mil vagas, e outros serviços demitiram 917 mil pessoas.

Setor privado demitiu 266 mil no trimestre

O trimestre encerrado em fevereiro de 2021 mostrou um fechamento de 266 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em novembro.

Na comparação com o trimestre até fevereiro de do ano passado, 3,928 milhões de vagas com carteira assinada foram perdidas no setor privado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 29,697 milhões no trimestre até fevereiro, enquanto outros 9,796 milhões atuavam sem carteira assinada, 62 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2020, foram extintas 1,848 milhão de vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria ganhou 716 mil pessoas a mais em um trimestre, mas ainda tem 824 mil a menos que o patamar de um ano antes, totalizando 23,653 milhões de pessoas.

País perdeu 552 mil empregadores no ano

O número de empregadores diminuiu em 62 mil pessoas em um trimestre. Em relação a fevereiro de 2020, o total de empregadores é 552 mil inferior.

O País teve um aumento de 117 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para 4,908 milhões de pessoas, mas esse contingente ainda é 1,301 milhão menor que no ano anterior.

O setor público contratou 584 mil ocupados no trimestre terminado em fevereiro de 2021 ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2020. Na comparação com o trimestre até novembro de 2020, foram fechadas 231 mil vagas. (AE)

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