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Transmissão deve ser destaque entre balanços do setor elétrico

Taesa e Alupar estão entre as empresas do setor de transmissão de energia elétrica que terão mais ganhos com a inflação

transmissão

Os resultados das transmissoras devem superar outros segmentos, beneficiando-se do aumento da inflação nas receitas | Foto: Getty images

A primeira parte da prévia do Safra para resultados do quarto trimestre de 2021 no setor elétrico traz estimativas para Engie, Energias do Brasil, Neoenergia, Taesa, CTEEP, Alupar e AES Brasil. O destaque é para as empresas de transmissão de energia.

O Banco Safra espera um trimestre sem brilho para distribuidoras, já que os volumes foram menores em uma perspectiva ano a ano, principalmente devido a um trimestre mais frio (o calor normalmente aumenta o consumo de energia no Brasil). No geral, as distribuidoras devem apresentar resultados com recuo ou estabilidade, incluindo ENBR3 e NEOE3.

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A crise hídrica ainda pressiona os resultados das geradoras, prejudicando os números operacionais do braço de geração hidrelétrica da EGIE3, AESB3 e ENBR3.

Os resultados das transmissoras devem superar outros segmentos, beneficiando-se do aumento da inflação nas receitas, especialmente para TAEE11 e ALUP11, já que o índice IGP-M influencia ambas.

Destaques no setor de transmissão

A inflação mais alta e os recentes aumentos nas taxas de juros devem pressionar os lucros no setor.

Engie

O Safra estima um EBITDA de R$ 1.338 milhões (-42% A/A) no 4T21, 7,6% abaixo do consenso, e um Lucro Líquido de R$ 236 milhões (-77% A/A), 44% abaixo do consenso. A hidrologia impacta parcialmente os resultados da Engie, devido ao seu portfólio diversificado de ativos de geração. Quanto à TAG, o Safra estima uma equivalência patrimonial de R$ 125 milhões. A correção monetária do passivo pelo IGP-M deve prejudicar o resultado.

Energias do Brasil

Projetamos um EBITDA de R$ 798 milhões (-43% A/A), 16% acima do consenso, e Lucro Líquido de R$ 283 milhões (-60% A/A), 1,4% abaixo do consenso. Menores volumes do braço de distribuição e más condições hídricas devem pressionar os resultados da Energias do Brasil.

Neoenergia

O Safra espera um EBITDA no 4T21 de R$ 2.087 milhões (+0,7% A/A), 11,2% abaixo do consenso, e Lucro Líquido de R$ 614 milhões (-38% A/A), vs. consenso de R$ 1.038 milhões. Os menores volumes de distribuição devem ser parcialmente compensados pelos resultados de geração renovável e térmica.

Taesa

O Safra estima um EBITDA de R$ 436 milhões no 4T21 (+44% A/A), 10,3% acima do consenso, e um Lucro Líquido de R$ 59 milhões (-37% A/A), vs. consenso de R$ 381 milhões. Antecipação de Janaúba e reajustes de AAR indexados à inflação devem impulsionar os resultados do trimestre.

CTEEP

O Safra estima um EBITDA regulatório para o 4T21 de R$ 564 milhões (-10,9% A/A), 42% abaixo do consenso, e Lucro Líquido de R$ 296 milhões (-21% A/A), 67% abaixo do consenso. O segmento de transmissão não deve ser afetado pela crise hídrica, pois as receitas são pré-definidas e não estão expostas a riscos de demanda.

Alupar

O Safra espera um EBITDA no 4T21 de R$ 522 milhões (+25% A/A), 8,3% abaixo do consenso, e Lucro Líquido de R$ 90 milhões (+111% A/A), vs. estimativas de consenso de R$ 275 milhões. A hidrologia pressiona parcialmente os resultados da Alupar, enquanto o segmento de transmissão apresenta resultados estáveis, com bom repasse de inflação.

AES Brasil

O Safra estima um EBITDA de R$ 210 milhões no 4T21 (-82% A/A), 32% abaixo do consenso, e um Prejuízo Líquido de R$ 41 milhões, vs estimativas de consenso de -R$ 117 milhões. Os resultados operacionais da AES Brasil serão afetados negativamente pelo cenário hidrelétrico desfavorável.

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