Inflação alta e risco geopolítico provocam fuga para ativos de proteção
Compra de ativos ligados às commodities é uma boa medida de proteção contra a inflação e riscos geopolíticos
14/02/2022A semana começa com clima pesado para as bolsas. Após o aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia nas últimas semanas, vemos os investidores fugindo de ativos de risco e migrando para títulos soberanos e metais preciosos, considerados ativos de proteção.
O medo de uma possível invasão russa fez com que a volatilidade do S&P explodisse no último pregão, levando incerteza para a maioria dos papéis ao redor do mundo, com destaque para o setor de commodities.
Na esteira do temor de uma guerra, petróleo sobe próximo dos US$ 94,00 por barril e o gás natural fica pressionado por uma possível restrição da oferta. Já o minério de ferro sofreu forte desvalorização (6%) por conta de uma possível intervenção nas negociações no mercado chinês. Não devemos ter um bom início de pregão para VALE3 e o seu setor.
O aumento inesperado do CPI na quinta-feira fez com que muitos economistas aumentassem suas projeções de aumentos de juros americanos.
Commodities como ativos de proteção
O Banco Safra acredita que uma boa medida de proteção contra a inflação e riscos geopolíticos é através da compra de ativos ligados às commodities. Demanda de petróleo na máxima histórica e a projetada fragilidade do dólar por causa da recuperação fiscal da Europa são fatores que favorecem o mercado de commodities, além dos problemas de oferta e da falta de investimentos vistos no setor.
Como era de se esperar, a segunda-feira começa com os futuros americanos em queda, com destaque para a Nasdaq, e treasuries em alta. Acreditamos que essa deve ser a dinâmica da semana.
No Brasil, temos uma agenda enfraquecida. Destaque para a divulgação dos resultados de Banco do Brasil. Vamos esperar para ver se o banco mantém o otimismo no setor após os surpreendentes números do Itaú.
Uma ótima semana a todos e bons negócios!