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Ibovespa sobe firme após aprovação da reforma tributária; dólar cai

A Bolsa subiu 1,25%, aos 118.897 pontos, depois de oscilar entre 117.426 e 119.548 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 24,50 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Os investidores analisam o texto aprovado da reforma tributária em votação histórica | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em alta firme nesta sessão com o mercado repercutindo a aprovação da reforma tributária. A Bolsa subiu 1,25%, aos 118.897 pontos, depois de oscilar entre 117.426 e 119.548 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 24,50 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o índice acumulou alta de 0,69% na semana e em julho. No ano, a Bolsa avança 8,35%.

Já o dólar interrompeu a sequência de altas e fechou o dia em queda firme. A moeda americana perdeu 1,30%, vendida a R$ 4,86, depois de oscilar entre R$ 4,84 e R$ 4,93.

“Depois de uma sessão negativa ontem, o índice Ibovespa já abriu o dia de hoje em alta com a notícia da aprovação da reforma tributária na Câmara e a esperança do mercado de que a reforma será positiva para o ambiente macroecônomico do país, com a simplificação do sistema atual de tributação”, disse Rodrigo Azevedo, economista, da GT Capital.

Segundo ele, o cenário doméstico foi o que mais pesou e colaborou para o otimismo no Ibovespa nesta sessão. “É bom lembrar que o andamento das reformas estruturais do país sempre estiveram presente nos discursos do presidente do Banco Central quando questionado sobre o momento de início do ciclo de queda dos juros”, afirmou Azevedo.

Entre as maiores baixas da sessão, o papel que mais perdeu foi Embraer, com queda de 1,99%, Vivo recuou 0,68% e Hypera, 0,33%. As ações da Petrobras também tiveram um dia de perdas e limitaram a alta do índice. A estatal caiu 0,54% (PETR4) e 0,51% (PETR3).

Já na lista de desempenho positivo os destaques foram Pão de Açúcar, que subiu 10,15%, Petz, 8,51%, IRB-Br, 7,45%, BRF, 7,23% e 3R Petroleum, que ganhou 7,04%.

15h45 Bolsa sobe 1,63%, aos 119.350 pontos. Já o dólar recua 1,37%, vendido a R$ 4,85.

15h44 O ouro subiu nesta sexta-feira, 7, apoiado pela queda do dólar, após dados de emprego dos Estados Unidos reduzirem probabilidade de altas adicionais nas taxas do Federal Reserve (Fed) a partir de agosto, enquanto se firmam as expectativas por aumento de juros em outras economias avançadas como Japão e Reino Unido.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,89%, a US$ 1.932,5 por onça-troy. (AE)

14h31 Bolsa acelera alta e sobe 1,65%, aos 119.385 pontos. Já o dólar aprofunda queda e recua 1,64%, vendido a R$ 4,84.

12h21 Ibovespa segue em alta firme nesta sexta-feira, após aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. A Bolsa sobe 1,31%, aos 118.965 pontos. Já o dólar recua forte a 1,14%, R$ 4,86.

11h15 A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, destacou que o BCE ainda deve buscar novo aperto monetário. Em entrevista ao jornal francês La Provence, Lagarde pontuou que “já estamos vendo a inflação cair um pouco, e esse impacto inicial é resultado da nossa política monetária”.

Ela avaliou, no entanto, que a inflação ainda está muito acima da meta de 2% ao ano, e que cabe ao BCE continuar o aperto. Lagarde ponderou ainda que a zona do euro deve crescer cerca de 0,9% este ano, mas que com a eficiência da política de estabilidade de preços, o bloco deve voltar a se expandir com mais força em 2024 e 2025. (AE)

10h55 Bolsa acelera alta e sobe 1,34%, aos 119.003 pontos. O dólar aprofunda queda e recua 0,97%, vendido a R$ 4,88.

10h53 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar na manhã desta sexta-feira, 7, sobre a importância da aprovação da reforma tributária. Ele destacou que a proposta, o projeto de lei que retoma o voto de qualidade do Conselho de Administrativo de recursos Fiscais (Carf) e o novo arcabouço fiscal são as reformas estruturantes essenciais para o País.

“São projetos estruturantes que vão poder ajudar a fechar o orçamento com o resultados fiscais consistentes para os próximos anos, porque vão permitir equilibrar a política monetária, calibrar a taxa de juros e fazer o País voltar a crescer com taxas expressivas”, destacou.

Ele ainda comentou que o País sente o impacto dos juros altos na arrecadação e que o Brasil precisa romper a barreira de crescimento de 1%, e que esses projetos vão permitir uma harmonização das políticas fiscal e monetária.

Em relação à reforma tributária, Haddad voltou a dizer que ela é fruto de um amadurecimento de País e que não se trata de um projeto de governo e que, portanto, as diferenças partidárias devem ser deixadas de lado. Ele relatou que nas conversas que travou com Arthur Lira (PP-AL), desde a transição, o presidente da Câmara sempre sinalizou que entendia a reforma como uma questão de Estado, por isso trabalharia por seu avanço. (AE)

10h15 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em alta esta sessão. A Bolsa sobe 0,34%, aos 117.907 pontos. Na véspera, o índice perdeu 1,78%, aos 117.425 pontos, depois de oscilar entre 117.095 e 119.548 pontos. O volume dos negócios do dia foi de R$ 22 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula queda de 0,56% na semana e em julho. No ano, entretanto, o referencial brasileiro ganha 7,01%.

Já o dólar recua 0,27%, vendido a R$ 4,90.

9h56 A economia dos Estados Unidos criou 209 mil empregos em junho, em termos líquidos, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 7, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou abaixo da mediana de expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 225 mil vagas.

Já a taxa de desemprego dos EUA recuou para 3,6% em junho, ante 3,7% em maio. A taxa veio em linha com o consenso do mercado.

O Departamento do Trabalho revisou para baixo os números de criação de postos de trabalho de maio, de 339 mil para 306 mil, e também de abril, de 294 mil para 217 mil.

Em junho, o salário médio por hora teve alta de 0,36% em relação a maio, ou US$ 0,12, a US$ 33,58, variação que ficou acima da projeção do mercado, de 0,30%. Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,35% no último mês, também superior à previsão de 4,20%. (AE)

9h44 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados ao chegar ao ministério na manhã desta sexta-feira, 7, Ele elogiou a condução do processo pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e disse que já recebeu ligações de senadores dizendo que seus pleitos foram atendidos no trabalho de costura do relator, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Haddad ainda disse acreditar na votação do projeto que retoma o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), para destravar a pauta e liberar a conclusão da análise do novo arcabouço fiscal.

“Eu estava otimista (com a tributária) e pregando uma votação expressiva, porque foi feita muita negociação. O que eu senti é que as pessoas estavam genuinamente abertas ao diálogo, porque sabem da importância da reforma tributária pro Brasil. O Brasil tem um dos gargalos do nosso sistema tributário para o desenvolvimento, aumento da produtividade do trabalho, segurança jurídica para investimentos nacionais e estrangeiros. Eu penso que nós vamos entrar numa fase boa”, afirmou o ministro. (AE)

9h10 O dólar abriu em queda após a aprovação do texto da reforma tributária na Câmara dos Deputados. A discussão ocorre há mais de 30 anos no país.

A moeda americana recua 0,18%, vendida a R$ 4,920. Na véspera, a divisa subiu firme e fechou cotada a R$ 4,929. Com o resultado, o dólar passou a acumular alta de 2,94% na semana e em julho. No ano recua 6,60%.

O mercado repercute a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. O placar foi folgado: 382 votos a favor e 118 contrários no primeiro turno e 375 votos a favor e 113 contrários no segundo. Agora, o projeto segue para o Senado.

A aprovação do texto só foi possível após várias negociações entre o governo e o Congresso que colocou o projeto em votação antes de assuntos que estavam em discussão há mais tempo na Casa, como o novo Carf e o novo marco fiscal.

Para a aprovação da reforma, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), fizeram uma série de concessões, beneficiando ainda mais o agronegócio e o setor de serviços com taxação mais baixa. Com forte lobby junto aos deputados e se aproveitando da pressa de Lira para concluir a votação, os dois grupos mais resistentes à reforma durante os últimos anos jogaram pesado e conseguiram emplacar a maior parte das suas demandas.

Apesar da resistência da equipe econômica, o agro e os supermercados foram atendidos também com a criação de uma cesta básica nacional, cujos produtos terão alíquota zero. Com os pleitos atendidos, a bancada ruralista declarou apoio à reforma em plenário.

A reforma altera a tributação dos impostos que incidem sobre o consumo de bens e serviços e cria três novos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), substituindo o ICMS dos Estados e o ISS dos municípios; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui PIS, Cofins e o IPI, que são federais; e o Imposto Seletivo, que incide sobre produtos danosos à saúde e ao meio ambiente.

Os novos impostos começam a valer em 2026, com um período de teste, e passam a ter vigência integral em 2033. O modelo de cobrança será o do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que acaba com a tributação em cascata. Outro pilar da reforma é a mudança da tributação do consumo (onde o bem ou serviço é produzido) para o destino (onde é consumido) – a fim de acabar com a chamada guerra fiscal entre Estados.

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