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Bolsa tem 2ª maior queda do ano e dólar vai a R$ 5,29 após decisões sobre juros

A Bolsa fechou em queda de 2,29%, um dia após a decisão de juros no Brasil e com aperto monetário no exterior; dólar sobe 1,01%

Juros

Investidores repercutiram as decisões de juros nos EUA e no Brasil tomadas na quarta-feira | Foto: Getty Images

Após a indicação de aperto monetário mais longo em algumas economias do mundo, e um dia após a manutenção dos juros em 13,75% ao ano no Brasil, o investidor ficou mais averso ao risco e procurou ativos mais seguros. Com isso, o dólar subiu e o Ibovespa despencou nesta quinta-feira, perdendo os 100 mil pontos.

A Bolsa fechou em queda de 2,29%, aos 97.926 pontos, depois de oscilar entre 96.996 e 101.125 pontos. Esta, foi a segunda maior queda em um único dia neste ano. Só perde para o primeiro pregão de 2023, quando o índice caiu 3,06%. O volume financeiro deste pregão foi de R$ 25,5 bilhões.

Com este desempenho negativo, o Ibovespa acumula queda de 3,98% na semana. Em março, as perdas são de 6,68% e no ano de 10,76%.

Já o dólar subiu forte. A moeda americana fechou em alta de 1,01%, vendido a R$ 5,2900, depois de oscilar entre R$ 5,2043 e R$ 5,2964. O desempenho fez a divisa acumula alta de 1,32 % no mês e ganho de 0,21% no ano.

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“O Ibovespa caiu forte principalmente por causa do duro comunicado do Copom ontem”, disse Lucas Caumont, da Matriz Capital. “O tom forte, com até a possível retomada na alta dos juros, pesou sobre as ações de varejistas como Magazine Luiza. Mas o recuo é geral entre os setores diante do risk-off.”

Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, nível em que se encontra desde agosto do ano passado, após um ciclo de aperto que começou em 2% ao ano em março de 2021.   

“O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, informou o comunicado do Banco Central.

Maiores quedas na Bolsa após decisões sobre juros

Na lista dos piores desempenho do dia, as ações de empresas mais sensíveis à alta dos juros lideram as perdas. Magazine Luiza derreteu 13,37%, Gol despencou 10,53%, Azul, 8,79%, BRF, 9,45% e Yduqs, 9,18%.

Já no campo positivo, poucos papéis fecharam no azul. Embraer, que é a ação que mais se valoriza no ano, subiu 1,39%. Já a Weg ganhou 1,06%, a Minerva, 0,88%, BB Seguridade, 0,93% e Klabin, 0,83%.

16h50 Ibovespa reduz o ritmo de queda e recua 2,48%, aos 97.869 pontos. Dólar segue se valorizando e sobe 0,93%, vendido a R$ 5,28.

15h58 Bolsa segue renovando as mínimas e, neste momento, despenca mais de 3% e opera aos 96 mil pontos. Ibovespa recua 3,22%, aos 96.998 pontos. Dólar acelera alta e sobe mais de 1%, vendido a R$ 5,29, em valorização de 1,10%.

15h46 Ibovespa aprofunda perdas e recua mais de 2%. Com a piora no desempenho, a Bolsa opera aos 97 mil pontos, em baixa de 2,61%, aos 97.605 pontos. O dólar segue trajetória oposta e acelera alta em 0,91%, vendido a R$ 5,28.

15h Papéis dos bancos, da Vale e da Petrobras recuam forte nesta quinta-feira e pressionam o Ibovespa para o campo negativo. Com isso, a Bolsa, que começou o dia no nível de 100 mil pontos, já opera perto dos 97 mil pontos. O referencial brasileiro perde, neste momento, 2,06%, aos 98.199 pontos. A ação do Bradesco despenca 2,92%, Itaú se desvaloriza 1,68%, a Vale perde 1,95% e os papéis da Petrobras caem 1,84% (PETR4) e 1,19% (PETR3).

Já o dólar segue em movimento de alta e ganha 0,74%, vendido a R$ 5,27.

14h Ibovespa aprofunda queda e perde os 99 mil pontos. Bolsa recua 1,27%, aos 98.985 pontos. Dólar segue se valorizando frente ao real e sobe 0,73, vendido a R$ 5,27.

12h15 Bolsa segue no campo negativo e recua 0,44%, aos 99.783 pontos. Dólar avança 0,67%, vendido a R$ 5,27.

11h56 O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira, 23, estar seguro de que existe ambiente no Congresso Nacional para aprovar o novo arcabouço fiscal com qualidade e rapidez necessárias. Segundo ele, o próprio Legislativo dá sinais de que há um cenário positivo para debater a âncora que substituirá o atual teto de gastos.

“Reforcei ao ministro Fernando Haddad o ambiente positivo no Congresso Nacional para que o marco fiscal, chegando ao Congresso, tenha celeridade, na tramitação, no debate com qualidade, aprovação do marco fiscal”, disse Padilha. “Tenho certeza que existe ambiente no Congresso Nacional hoje, foi dito inclusive por várias lideranças, o próprio presidente da Câmara citou isso hoje. Tem um ambiente para aprovar na maior celeridade possível no Congresso Nacional”, reforçou. (AE)

11h50 Ibovespa recua e perde os 100 mil pontos. Bolsa opera em baixa de 0,57%, aos 99.651 pontos. Dólar segue no campo positivo e se valoriza 0,66%, vendido a R$ 5,27.

11h15 O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) avalia, na ata de sua reunião de política monetária divulgada hoje, que “não estava claro o quanto as condições de crédito e a atividade econômica podem ser afetadas pelo estresse recente no setor bancário em algumas economias avançadas”.

Mais cedo, o BoE anunciou que decidiu elevar a taxa básica de juros em 25 pontos-base (pb), a 4,25%, e acrescentou que é possível haver mais aperto monetário.

Ao avaliar o quadro internacional, o BC do Reino Unido aponta que havia expectativa de maior crescimento da China, após Pequim recuar em sua política mais rígida contra a covid-19, e também notícias positivas da demanda nos Estados Unidos e na zona do euro. (AE)

11h12 Dólar acelera alta e, neste momento, sobe 0,60%, vendido a R$ 5,26. Já o Ibovespa opera com ganhos modestos e tenta defender os 100 mil pontos. Bolsa avança 0,05%, aos 100.271 pontos.

10h05 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em alta nesta quinta-feira, com o mercado repercutindo os apertos monetários ao redor do mundo. A Bolsa sobe 0,38%, aos 100.640 pontos.

Na véspera, o Ibovespa perdeu 0,77%, aos 100.220 pontos, depois de oscilar entre 100.128 e 101.887 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20 bilhões.

Com isso, o referencial brasileiro acumula queda de 1,73% na semana. Em março, as perdas são de 4,49% e no ano de 8,67%.

Já o dólar virou a rota e neste momento opera em leve alta de 0,12%, vendido a R$ 5,24.

10h O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 4,25%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, como previsto pela maioria dos analistas.

Em comunicado, o BC inglês disse que a decisão sobre a alta do juro básico foi por 7 votos a favor e 2 contra. Os dirigentes contrários, Swati Dhingra e Silvana Tenreyro, votaram pela manutenção da taxa em 4%.

O BoE também reafirmou que novo aperto da política monetária será necessário se houver evidências de “mais pressões persistentes”.

O BoE avaliou também que “incertezas em torno da perspectiva financeira e econômica aumentaram”, após a quebra de bancos regionais nos EUA e os recente problemas enfrentados pelo Credit Suisse, e prometeu monitorar de perto as condições de crédito das famílias e empresas no Reino Unido. Segundo o BC inglês, o sistema bancário britânico permanece resiliente”.

A decisão do BoE veio um dia após dados mostrarem que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) britânico voltou a acelerar em fevereiro, a 10,4%. A meta de inflação do BoE é de 2%. (AE)

9h20 O dólar opera em queda um dia após a decisão dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. A moeda americana recua 0,19%, vendido a R$ 5,22.

Na véspera, a divisa fechou em queda de 0,18%, cotada a R$ 5,23. Com o resultado, passou a acumular alta de 0,21% no mês e queda de 0,80% no ano.

Ontem, as autoridades monetárias americana e brasileira definiram as taxas de juros para os países e isso mexeu com os mercados nesta quinta-feira.

Nos EUA, O Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou novamente uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros nos Estados Unidos. Com isso, o intervalo dos juros no país ficou em 4,75% e 5% ao ano. O movimento veio dentro do esperado pelo Banco Safra, que estimava elevação da taxa nesta magnitude.

Em comunicado, o Federal Reserve informou que os acontecimentos recentes, a quebra dos bancos, devem resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e podem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação.

“A extensão desses efeitos é incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação”, informou o Fed. “O Comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso ocorram riscos que podem impedir o alcance de suas metas.”

Já no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, nível em que se encontra desde agosto do ano passado, após um ciclo de aperto que começou em 2% ao ano em março de 2021.   

“O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, informou o comunicado do Banco Central.

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