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Vale dispara e segura queda maior do Ibovespa; dólar recua a R$ 4,86

Bolsa fechou em baixa de 0,33%, aos 117.554 pontos, depois de oscilar entre 115.703 e 117.941 pontos; o volume financeiro foi de R$ 27,80 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Mercado operou com cautela à espera dos dados de inflação nos Estados Unidos, que podem indicar pistas sobre a condução dos juros americanos | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em queda esta sessão, mesmo com o bom desempenho do papel da Vale. A mineradora, aliás, limitou a queda da Bolsa, que chegou a perder perto de 2% e valer pouco mais de 115 mil pontos.

A Vale teve um dia positivo, com alta de 3,29%, depois dos incentivos da China ao setor imobiliário. As medidas deixaram o mercado otimista quanto à recuperação do setor, um dos maiores consumidores de aço no país.

E melhora na demanda siderúrgica significa melhora nas vendas de minério de ferro. Com isso, a commodity apresentou alta de 1,8% no mercado futuro. A tonelada da principal matéria-prima do aço foi cotada a US$ 105,5.

Diante do bom momento da Vale, o Ibovespa ganhou tração e diminuiu as perdas no dia e fechou em queda de 0,33%, aos 117.554 pontos, depois de oscilar entre 115.703 e 117.941 pontos. O volume financeiro foi de R$ 27,80 bilhões. Com o resultado da sessão, o referencial brasileiro acumula perdas de 1,13% na semana e de 0,45% em julho. No ano, entretanto, a Bolsa sobe 7,13%.

Já o dólar, que começou o dia em alta, virou a direção e fechou em queda. A moeda americana recuou 0,43%, vendida a R$ 4,86 , depois de oscilar entre R$ 4,85 e R$ 4,92.

“Ibovespa em queda com investidores monitorando dados importantes que estão sendo divulgados na semana. Dólar também para baixo. Queda da moeda pode ser explicada pelo pacote de estímulos que a China soltou para o setor imobiliário por lá que está puxando as cotações das commodities”, disse Andre Fernandes, da A7 Capital.

Segundo ele, um dos fatores que fez a Bolsa apresentar uma trajetória baixista, mesmo depois do IPCA negativo de junho, foi justamente a inflação de serviços que se mostrou mais resiliente do que o mercado esperava. No período, o item teve alta 0,62% na inflação de serviços, após variação negativa de 0,06% em maio.

“Quem apostava em um corte de juros mais agressivo do Copom (Comitê de Política Monetária) na reunião de agosto, reajustou parte de suas posições para um corte mais tímido de 0,25 ponto percentual”, disse Fernandes.

Entre as ações que mais caíram nesta sessão, os destaques ficaram com empresas ligadas à economia doméstica. Gol perdeu 5,79%, Azul, 3,16%, Meliuz, 3,76% e CVC, 2,69%. Completa a lista a Minerva, que caiu 4,13%.

Já no ranking de melhores desempenhos, além da Vale, os maiores ganhos foram os papéis da IRB-Br, que subiu 4,76%, PetroRio, 2,81%, Bradespar, 2,06% e Hapvida, 3.01%.

14h50 Bolsa segue no campo negativo, mas em ritmo de queda menor. O Ibovespa recua 0,34%, aos 117.505 pontos. Já o dólar inverte o rumo e passa a cair. Moeda americana recua 0,17%, vendida a R$ 4,86

12h50 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira, 11, que os senadores concordam com o mérito da reforma tributária, mas que poderão ser feitos ajustes no texto. Ele confirmou que a relatoria da proposta ficará com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), responsável pelos pareceres do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário.

“Temos muitas expectativas (com a reforma tributária) e concordamos com o mérito. Ajustes podem ser feitos, mas temos o senso de urgência, da importância e relevância. O Senado cuidará de aprová-la nos próximos meses”, disse o senador.

Pacheco explicou que, de acordo com o regimento do Senado, o texto da reforma tributária passará pelo crivo da CCJ, mas descartou a análise da proposta pela Comissão de Assuntos econômicos (CAE), como algumas lideranças demandaram. (AE)

12h26 Ibovespa se mantém no vermelho, mas reduz o ritmo de queda. Bolsa perde 0,81%, aos 117.004 pontos. Já o dólar segue em trajetória altista. Moeda americana sobe 0,22%, vendida a R$ 4,88.

11h03 Bolsa segue no campo negativo e aprofunda queda. Ibovespa recua 1,37%, aos 116.308 pontos. Já o dólar se mantém em alta e sobe 0,60%, vendido a R$ 4,90.

11h O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Durante a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, denominada de Conversa com o Presidente, Lula disse que o presidente da instituição monetária é teimoso por manter a taxa básica de juros, a Selic, a 13,75% ao ano.

Ao comemorar a aprovação da reforma tributária na Câmara, na semana passada, o chefe do Executivo citou um otimismo das pessoas a partir da melhora dos indicadores econômicos. “As pessoas que estavam pessimistas estão vendo o dólar cair, a economia crescer, sinais de que o salário vai crescer, de que o emprego vai crescer”, declarou.

“Logo, logo, vai começar a baixar a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central é teimoso, é tinhoso, mas não tem mais explicação”, disse. Segundo Lula, é preciso ter tranquilidade, pois não tem como “fazer mágica” na economia.

“Os juros vão ter que baixar, é importante ter clareza que os juros precisam baixar para que a gente possa ter crédito disponibilizado a custo baixo para que o povo que quer empreender possa pegar dinheiro emprestado”, comentou Lula. (AE)

10h30 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 11, que o Senado deve aproveitar a oportunidade de aprimorar a reforma tributária, deixando o texto mais redondo e revisando exceções. Ele afirmou também que a equipe da Fazenda está revisando o texto final aprovado na Câmara para entender as mudanças de última hora, como o trecho que abre uma brecha para Estados criarem contribuições.

“Estamos lendo com calma o texto final da Câmara e entendo que o Senado tem o papel de dar uma limada no texto. Dar uma limada significa deixar o texto mais redondo, mais leve sem exceções. Fica um texto mais leve, cristalino e que não dá problema de judicialização no futuro”, disse o ministro.

Haddad afirmou que a mudança que permitiu a criação de contribuições por parte dos Estados entra num pacote de preocupações por terem sido pouco debatidas na Câmara, mas pontuou que há oportunidade de revisá-las no Senado. “Não há problema em promulgar uma PEC de consenso”, emendou, dizendo que esses pontos controversos podem ser deixados de lado e não devem impedir o avanço de um texto que é fundamental para o País. (AE)

10h12 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em queda nesta sessão, mesmo após a deflação apresentada em junho. A Bolsa recua 0,57%, aos 117.207 pontos. No dia anterior, o índice caiu 0,80%, aos 117.942 pontos, depois de oscilar entre 117.892 e 118.897 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 18,10 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula alta de 7,48% no ano. Em julho, a Bolsa perde 0,12%.

Já o dólar segue em trajetória altista e sobe 0,46%, vendido a R$ 4,91.

9h20 O dólar abriu em alta com o mercado repercutindo os dados de inflação no Brasil e à espera pelos dados dos dados dos Estados Unidos, que serão divulgados amanhã.

A moeda americana sobe 0,13%, vendida a R$ 4,888. Na véspera, a divisa fechou em alta de 0,34%, cotada a R$ 4,881. Com o resultado, o dólar acumula alta de 1,94% em julho. Mas, no ano, a moeda recua 7,50%.

Os investidores repercutem a queda dos preços no Brasil em junho. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou deflação de 0,08% no mês passado em relação a maio, que apresentou avanço de 0,23%, informou nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi ligeiramente menos negativo que o consenso do mercado, que apontava queda de 0,10% no IPCA de junho. As estimativas eram de recuo de 0,19% a 0,01%.

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,87%, de acordo com o IBGE. O resultado acumulado em 12 meses foi de 3,16% até junho, menor que a taxa de 3,94% acumulada nos 12 meses até maio e ligeiramente acima da mediana das projeções de analistas, de 3,14%. As estimativas neste caso iam de 3,05% a 3,23%.

Os investidores aguardam, também, a divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), marcada para amanhã. O consenso aponta para uma variação mensal de 0,3% do índice cheio entre maio e junho, o que representaria uma aceleração frente à leitura mais recente do CPI.

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