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Vale e Petrobras seguram queda da Bolsa, mesmo com “efeito Americanas”; dólar cai

A Bolsa fechou em queda de 0,59%, aos 111.850 pontos, depois de oscilar entre 110.981 e 113.128 pontos; volume financeiro foi de R$ 26,90 bilhões

Painel da B3

Em dia conturbado, com papel da Americanas derretendo e anúncio de pacote econômico, Ibovespa fecha em leve queda | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa teve um dia conturbado no primeiro pregão após a descoberta do rombo contábil de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas e com anúncio do pacote de medidas econômicas no Brasil que prevê uma melhora nas contas públicas de R$ 242,7 bilhões e pode recolocar o país no azul já neste ano. 

A Bolsa fechou em queda de 0,59%, aos 111.850 pontos, depois de oscilar entre 110.981 e 113.128 pontos. A queda só não foi mais intensa pelo bom desempenho da Vale, que subiu 0,55%, e das ações da Petrobras, que evoluíram 1,44% (PETR4) e 0,69% (PETR3).

O volume financeiro da sessão foi de R$ 26,90 bilhões. Com isso, o referencial brasileiro acumula ganhos de 2,65% na semana e de 1,93% no mês.

“Ibovespa oscilou bastante hoje seguindo o S&P. Um dos fatores principais que impactou o índice foi a questão da Lojas Americanas, que trouxe muita instabilidade para a Bolsa e respingou em outras empresas do varejo”, disse Rodrigo Cohen, da Escola de Investimentos.

A Americanas, depois de ficar durante boa parte do pregão em leilão, derreteu quase 80%, passando de R$ 12 por ação no dia anterior para R$ 2,71, queda de 77,42%.

Das varejistas, a Via Varejo foi a mais impactada de modo negativo pelo “Efeito Americanas”. A companhia perdeu 5,77% e ficou entre os piores desempenhos do dia. Meliuz, que recuou 5%, Hapvida, com queda de 5,22% e Qualicorp, que caiu 4,31%, completam a lista das maiores baixas.

Se Via Varejo fechou no vermelho, a Magazine Luiza foi o papel que mais ganhou nesta sessão. No início dos negócios, a companhia chegou a perder valor, mas ao longo do dia, foi ganhando fôlego e fechou em alta de 5,61%, se beneficiando do “Efeito Americanas”.

Lojas Renner também foi outra varejista que fechou no campo positivo, mesmo com a crise de credibilidade que se instalou em algumas empresas do setor, após o rombo contábil de R$ 20 bilhões na Americanas. A companhia ganhou 2,31%, ficando entre os melhores desempenhos do dia. CCR, que subiu 2,64%, Suzano, com evolução de 2,46% e Energisa, 2,31%, completam esta lista.

Lá fora, os índices fecharam em alta após divulgação da inflação do consumidor nos Estados Unidos. Dow Jones subiu 0,64%, S&P500, 0,34% e Nasdaq, 0,64%.

17h07 O governo anunciou o programa de refinanciamento de dívidas tributárias “Litígio Zero”. Lançado nesta quinta-feira, 12, pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, o programa permitirá o uso de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa para quitar de 50% a 70% da dívida tributária.

O programa prevê o refinanciamento de dívidas de pessoas jurídicas maiores de 60 salários mínimos, com descontos que vão a até 100% dos juros e multas devidos – o valor máximo será para créditos considerados irrecuperáveis e de difícil recuperação. Pacote pode melhorar contas públicas em R$ 242,7 bilhões e recolocar o país no azul já neste ano. (AE)

17h Dólar fecha em queda firme de 1,55%, vendido a R$ 5,10, depois de oscilar entreR$ 5,06 e R$ 5,18. Com o resultado da sessão, a moeda americana acumula perdas de 3,39% em janeiro. A Bolsa, neste momento, opera em queda de 0,35%, aos 112.121 pontos. O referencial brasileiro só não cai com mais força em dia de derretimento da ação da Americanas (-75,75%), em razão do desempenho positivo da Vale e Petrobras. A mineradora sobe 0,69% e a estatal 1,19% (PETR4).

15h22 Ibovespa opera sem direção sob o “Efeito Americanas”. Neste momento, a Bolsa recua 0,07%, aos 112.442 pontos. Magazine Luiza segue se beneficiando e opera em alta de 2,97%. Dólar acelera baixa e é vendido a R$ 5,09, em queda de 1,34%.

15h19 O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em St. Louis, James Bullard, estimou, nesta quinta-feira, que os juros básicos devem superar 5% nos Estados Unidos para pressionar a inflação de forma consistente. Para ele, o ideal é que a autoridade monetária aumente a taxa básica a esse nível “o mais rapidamente possível”. Atualmente, as Fed Funds estão entre 4,25% e 4,50%.

Em evento organizado pelo Fórum de Previsão Econômica do Centro-Oeste da Associação de Banqueiros de Wisconsin, o dirigente defendeu que o Fed deve evitar os erros cometidos na década de 1970, quando o BC norte-americano antecipou o fim do ciclo de aperto e a inflação voltou a subir em seguida.

“Acho que estamos entrando em uma era em que juros ficarão mais altos por mais tempo”, afirmou ele, que não vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). (AE)

14h Ibovespa recupera os 112 mil pontos, com ajuda da Vale e Petrobras. Bolsa sobe 0,30%, aos 112.857 pontos. Mineradora avança 0,59% e estatal evolui 0,62%. A Magazine Luiza, que sofria com o “Efeito Americanas”, inverteu a rota e está entre as ações mais negociadas neste momento com ganhos de 1,65%. Já o dólar recua forte e é vendido a R$ 5,10, em baixa de 1%.

12h16 Papéis das varejistas sofrem com o “Efeito Americanas” e lideram as perdas do Ibovespa até o momento. Via Varejo despenca 10,38% e a Magazine Luíza derrete 7,59%. Já o papel das Lojas Renner tem o melhor desempenho, com queda de 1,44%. O Ibovespa segue no campo negativo, com baixa de 1,10%, aos 111.275 pontos. O dólar recua 0,165, vendido a R$ 5,15.

11h31 O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos caiu 0,1% em dezembro ante novembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de CPI estável no mês passado.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,3% na comparação mensal de dezembro, vindo em linha com o consenso do mercado.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 6,5% em dezembro, desacelerando em relação ao ganho de 7,1% de novembro.

Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 7,7% no mês passado, perdendo força ante o avanço de 6% de novembro.

Ambas as leituras anuais também ficaram em linha com as previsões de analistas. (AE)

10h55 Bolsa recua e perde os 112 mil pontos. Ibovespa opera em queda de 0,54%, aos 111.912 pontos. Ações de varejo estão entre as maiores quedas do momento. A Magazine Luiza tem perda de 6,60% e a Via Varejo despenca 8,08%. Os papéis do setor caem em razão do rombo na Americanas de R$ 20 bilhões, companhia ainda está em leilão.

Já o dólar acelerou a queda e opera em baixa de 0,71%, vendido a R$ 5,12.

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em leve alta nesta quinta-feira. O referencial brasileiro sobe 0,07%, aos 112.595 pontos. No dia anterior, a Bolsa evoluiu 1,53%, aos 112.517 pontos, depois de oscilar entre 110.752 e 112.552 pontos. O volume dos negócios na sessão girou em R$ 26,50 bilhões. Com este resultado, o índice acumula ganhos de 3,26% na semana e de 2,54% no mês.

9h30 O volume de serviços prestados ficou estável em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou na manhã desta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com novembro de 2021, houve avanço de 6,3% em novembro, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de uma elevação de 3,6% a 8,8%, com mediana positiva de 6,5%.

A taxa acumulada no ano – que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior – foi de alta de 8,5%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 8,7%, ante avanço de 9,0% até outubro.

A receita bruta nominal do setor de serviços caiu 0,2% em novembro ante outubro, de acordo com o IBGE. Na comparação com novembro de 2021, houve avanço de 12,0% na receita nominal. (AE)

9h10 O dólar abre em queda esta quinta-feira, 12, com o mercado à espera dos dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Já no cenário interno, a expectativa é de que o ministro da Fazendo, Fernando Haddad, anuncie as primeiras medidas econômicas para reduzir o déficit fiscal estimando em mais de R$ 200 bilhões este ano.

A moeda americana recua 0,19%, vendida a R$ 5,17. No dia anterior, a divisa teve queda de 0,40%, vendida a R$ 5,18. Com o resultado, acumula perdas de 1,84% no ano.

O cenário externo é o que deve ditar o movimento do mercado financeiro nesta sessão. A expectativa é de que o CPI dos Estados Unidos em 2022 fique em 6,5%, abaixo dos 7.1% acumulados até novembro.

Diante de uma inflação mais controlada, a perspectiva do mercado é de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) comece a arrefecer a alta dos juros. Atualmente, a taxa americana está na faixa entre 4,25% e 4,5% ao ano.

Nos últimos dias, a expectativa por uma alta com menos intensidade nos juros, na próxima reunião em fevereiro, ganhou mais força entre os investidores. A maior parte acredita que a faixa deve ficar entre 4,50% e 4,75%, ou seja, uma elevação de 0.25 pontos percentuais.  

Na Europa, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro só deverá desacelerar para a meta oficial de 2% perseguida pelo Banco Central Europeu (BCE) no segundo semestre de 2025, segundo boletim econômico mensal divulgado pelo BCE nesta quinta-feira, 12.

Especialistas do Eurosistema projetam que a inflação média do bloco irá se enfraquecer de 8,4% em 2022 para 6,3% em 2023, informa o documento. Novas reduções na inflação média são previstas para 2024, a 3,4%, e 2025, a 2,3%.

Em dezembro, o CPI anual da zona do euro ficou em 9,2%, de acordo com estimativa preliminar da Eurostat, perdendo força em relação à taxa de 10,1% de novembro e após atingir a máxima histórica de 10,6% em outubro.

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