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Para onde vai a inflação e como ficam os juros em 2023

Inflação oficial medida pelo IPCA desacelerou com queda nos custos da indústria, mas câmbio e risco fiscal preocupam e juros vão continuar altos

Mulher fazendo compras

A redução dos custos de produção e queda na demanda já aparecem no índice oficial de inflação | Foto: Getty Images

Os preços no atacado caíram nos últimos meses e o rendimento médio dos trabalhadores subiu mais devagar. Isso reduziu a pressão sobre os custos das empresas brasileiras neste início de ano. Ao mesmo tempo, a demanda por bens e serviços desacelerou, devido á alta dos juros, segundo análise do relatório semanal do Banco Safra. A redução dos custos de produção e queda na demanda já aparecem no índice oficial de inflação.

A variação trimestral mostra que o núcleo do IPCA voltou a um ritmo próximo ao de antes da pandemia. Mas, essa dinâmica pode ser afetada nos próximos meses em consequência da provável reversão do corte de impostos indiretos em 2022, especialmente nos combustíveis.

Saiba mais

Existem três fatores pesam nos custos das empresas: preços no atacado, energia e mão de obra.

  1. – A queda do preço das matérias primas no mercado internacional, combinada com a estabilidade do câmbio, vem derrubando os preços no atacado.  Os preços agrícolas e industriais registraram deflação entre junho e novembro.
  2. – No lado da mão de obra, os salários crescem mais devagar.
  3. – Na energia, as chuvas em 2022 garantiram uma queda de 19% nas tarifas.

Combinando o impacto desses três fatores, fica evidente a queda dos custos para a indústria. O aumento acumulado em 12 meses o custo de produção foi de 18,2% em julho de 2021 para 8,8% em novembro de 2022. A média móvel semestral está em 6%. E a trimestral, em apenas 2%.

Além da queda de custos, as vendas mostram que se estabilizaram no varejo, e o consumidor brasileiro mostra menos apetite por bens de consumo. No setor de serviços, onde as empresas ainda não se recuperaram totalmente da pandemia, o crescimento vem perdendo tração nos últimos meses.

No mercado internacional, a demanda também deve continuar esfriando em 2023 em função do aperto dos juros nas principais economias. Um quadro semelhante deve acontecer no Brasil, com demanda doméstica crescendo apenas 1%, depois dos 3,1% no ano passado garantidos pelo aumento do gasto público.

Dinâmica da inflação vai depender do câmbio

A dinâmica favorável da inflação daqui para a frente vai depender também da estabilidade do câmbio. Neste cenário, com o dólar cotado a R$ 5,50, a inflação oficial medida pelo IPCA em 2023 deve ficar em 6%, mesmo considerando a reversão do corte dos tributos sobre os combustíveis.

Mas, apesar de todos esses fatores, ainda não deve haver espaço para relaxamento da política monetária nos próximos trimestres. Os juros vão continuar em 13,75% nos próximos meses.

A evolução da política monetária brasileira continua dependendo da sinalização fiscal do governo federal, especialmente à luz de uma taxa de juros reais perto de 2% nos EUA.

https://www.youtube.com/watch?v=T24QfKhF3vk

Alternativa para investir em tempos de incertezas

No atual cenário de incertezas e juros altos por mais tempo, existe uma alternativa segura de investimentos que representa um meio-termo entre a renda fixa e a renda variável. Trata-se dos Certificado de Operações Estruturadas, ou COEs. O COE Dual Index, do Banco Safra, busca retornos superiores ao longo prazo com um nível de risco menor.

Este COE faz parte da família Galileo, que tem 14 anos de história e consistência de retorno, conseguindo superar diversos cenários adversos. Com prazo de 36 meses, o Dual Index garante remuneração pós fixada de 110% do CDI por um período, e depois tem remuneração prefixada de 12,2% ao ano.

Você encontra mais informações sobre os Certificados de Operações Estruturadas AQUI.

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