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Bolsa despenca com temor de descontrole fiscal; dólar sobe a R$ 5,39

A Bolsa recuou 3,35%, aos 109.775 pontos, depois de oscilar entre 108.516 e 113.578 pontos; o volume financeiro foi de R$ 55,2 bilhões

Mulher olhando um gráfico financeiro no celular

O receio do mercado é de que o novo governo precise gastar muito além do teto fiscal para cumprir o que foi prometido na campanha | Foto: Getty Images

O mercado entrou em clima de pânico nesta quinta-feira após o discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O temor de descontrole fiscal fez o Ibovespa perder mais de 5 mil pontos durante o dia. Um desempenho que não se via desde março do ano passado, quando a variante ômicrom do novo coronavírus se espalhou pelo país.

A Bolsa brasileira despencou 3,35%, aos 109.775 pontos, depois de oscilar entre 108.516 pontos e 113.578 pontos. O volume financeiro do dia chegou a R$ 55,2 bilhões. Com o tombo desta sessão, o índice brasileiro acumula queda de 7,09% na semana. Em novembro, o Ibovespa perde 5,40%, já no ano, os ganhos acumulados são de 4,73%.

“O mercado inteiro caiu por causa do aumento de risco”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra. “Instabilidade fiscal é muito ruim para a economia como um todo.”

As únicas ações que tiveram um desempenho positivo foram as de empresas exportadoras, como Vale (1,91%), CSN Mineração (2,77%), Suzano (2,29%), Klabin (0,71%) e Embraer (0,75%). Estes papéis, aliás, foram as maiores altas do Ibovespa no dia.

No ranking de maiores baixas, se destacaram Azul com 17,96%, Hapvida, 14,21%, Yduqs, 13,56%, CVC r Carrefour com quedas de 13,18%.

Esta sessão, ficou marcada também pelas maiores altas dos DIs futuros em um dia- subiu 1,03 ponto percentual. O maior salto ainda ocorreu no dia 18 de maio de 2017, o “Joesley Day”, quando aumentou 1,80 p.p.

Lá fora, os índices de Nova York surfaram na onda positiva do dia e fecharam em alta firme, depois do índice de inflação mostra arrefecimento dos preços. Dow Jones avançou 3,70%, S&P 500 disparou 5,43% e Nasdaq ganhou 7,35%.

17h05 Dólar dispara em fecha em alta de 4,14%, vendido a R$ 5,39, depois de oscilar entre R$ 5,24 e R$ 5,41. Com o resultado desta sessão, a moeda americana acumula alta de 4,44% em novembro e queda de 3,08% no ano.

16h15 Bolsa perde mais de 5 mil pontos até agora. O Ibovespa despenca 4,28%, aos 108.667 pontos. Já o dólar é vendido a R$ 5,41, em alta de 4,29%.

15h55 Somente cinco papéis operam no azul nesta sessão, entre eles, a Vale que sobe 1,56%. No geral, o Ibovespa despenca 3,81%, aos 109.250 pontos. Dólar é vendido a R$ 5,38, em evolução de 3,91%.

14h55 A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta quinta-feira, 10, que é apropriado considerar o arrefecimento da trajetória de alta das taxas de juros. Segundo ela, os dados de inflação divulgados pela manhã são “boas notícias”. No entanto, a banqueira central ressaltou que “um mês de dados” de inflação não é uma vitória ainda, e é provável que mais altas de juros venham.

“Não vejo nada nos dados que altere a trajetória de aumentos de taxa”, afirmou. “Vamos continuar mudando a política até terminarmos nosso trabalho. Não queremos apertar mais, mas queremos fazer o trabalho completamente”, ponderou. “Estamos unidos no comprometimento de trazer a inflação de volta à meta de 2%”, acrescentou. Daly também comentou que as expectativas de inflação estão bem ancoradas. Os índices americanos ganharam fôlego após o discurso. Dow Jones disparou 2,48%, S&P 500, 4,01% e Nasdaq, 5,61%.

14h40 Ibovespa despenca quase 4% nesta sessão, aos 109.606 pontos, queda de 3,50%. O dólar também disparou a R$ 5,34, em evolução de 3,54%. Petrobras e Banco do Brasil despencam 2,49% (PETR4) e 2,91%, respectivamente.

12h15 Bolsa segue derrentendo pressionada por cenário político interno. Ibovespa perde 3,03%, aos 110.011 pontos. As estatais, como Petrobras e Banco do Brasil, estão em queda forte. A petroleira recua 3,27% (PETR4) e 2,20% (PETR3) e o banco opera em baixa de 1,75%. O dólar dispara a 3,08%, vendido a R$ 5,34.

11h30 Nos Estados Unidos, os índices abrem em alta forte, após dados favoráveis sobre a inflação. Dow Jones avança 2,28%, S&P 500, evolui 3,38% e Nasdaq, 4,68%. Por aqui, nem mesmo o bom humor dos mercados externos faz a Bolsa diminuir o ritmo de queda. Pelo contrário, o Ibovespa aprofundou as perdas e recua 2,76%, aos 110.447 pontos. O dólar também acelerou a alta e é vendido a R$ 5,33, em evolução de 2,97%. O ambiente político interno e o risco fiscal ainda deixam os investidores mais cautelosos.

10h40 A inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), apresentou alta de 0,4% em outubro, na comparação com setembro, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quinta-feira, pelo Departamento do Trabalho americano.

Com o resultado de outubro, o CPI, no acumulado em 12 meses sobe 7,7%. Este foi o menor aumento no período desde janeiro de 2022. O índice, tanto na comparação mensal quanto na anual vieram abaixo da expectativa do mercado. O consenso Refinitiv apontava para alta de 0,6% ante setembro e de 8,0% em 12 meses.

Os dados de inflação americana acalmaram o mercado. O dólar desacelerou, mas se mantém no campo positivo. A divisa sobe 1,54%, vendida a R$ 5,26. Já o Ibovespa recua 1,40% aos 111.994 pontos.

10h15 Moeda americana se mantém em trajetória de alta firme e é vendida a R$ 5,31, em aceleração de 2,46%.

10h10 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, perde os 113 mil pontos na abertura com recuo firme de mais de 2%. O referencial brasileiro cai forte 2,21%, aos 111.068 pontos. No dia anterior, a Bolsa perdeu 2,22%, aos 113.580 pontos, depois de oscilar entre 113.109 e 116.182 pontos. O volume financeiro da sessão girou em R$ 42,25 bilhões. Com o resultado, o Ibovespa acumula queda de 2,12% em novembro e 8,35% no ano. Na semana, o índice recua 3,87%.

9h20 O dólar abriu esta quinta-feria, 10, em alta acentuada com a questão fiscal do Brasil no radar dos investidores.

A moeda americana opera em alta forte de 2,22% e é vendido a R$ 5,30. No dia anterior, a divisa subiu 0,74% e foi vendida a R$ 5,18, depois de oscilar entre R$ 5,13 e R$ 5,19. Com o resultado desta sessão, a divisa alta de 0,30% em novembro e no ano, queda de 7,22%.

O receio do mercado é de que o novo governo precise gastar muito além do teto fiscal para conseguir cumprir o que foi prometido durante a campanha presidencial, como o auxílio no valor de R$ 600 e a correção do salário mínimo pela inflação. As conversas com o Congresso já se iniciaram e a conta chega perto de R$ 200 bilhões.

Além disso, foi divulgado pela manhã o dado de inflação de outubro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), teve alta de 0,59% em outubro, interrompendo uma sequência de três meses seguidos de deflação.

O índice vem de quedas de 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente, em julho, agosto e setembro. Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,70%, informou o IBGE. Já nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.

Lá fora, as atenções continuam nas eleições de meio mandato dos Estados Unidos. A onda republicana que se previa parece não ter se concretizado. O que dá mais tranquilidade para o governo Joe Biden aprovar projetos no Congresso americano.

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