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Ibovespa fecha no vermelho com pressão da Vale e exterior

A Bolsa fechou em queda firme de 1,03%, aos 108.799 pontos, depois de oscilar entre 108.546 e 109.919 pontos.; o volume financeiro do dia foi de R$ 23,50 bilhões

investidor avalia gráfico do mercado financeiro

Mercado financeiro repercutiu o marco fiscal aprovado na Câmara do Deputados e o risco de calote da dívida americana | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa foi mais uma vez afetado pelo impasse em torno da dívida americana e, com isso, perdeu os 109 mil pontos. Nem mesmo a aprovação do novo arcabouço fiscal na noite anterior deu fôlego para o índice fechar no azul.

A Bolsa fechou em queda firme de 1,03%, aos 108.799 pontos, depois de oscilar entre 108.546 e 109.919 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 23,50 bilhões.

Com o resultado, o referencial brasileiro acumula queda de 1,76% na semana e de 0,85% no ano. Em maio, no entanto, o Ibovespa sobe 4,18%.

Já o dólar fechou em queda de 0,37%, vendido a R$ 4,95, depois de oscilar entre R$ 4,93 e R$ 4,96.

“O exterior continua trazendo preocupações. Os juros dos Treasuries continuam subindo justamente pelo receio dos investidores com o risco de default no país. Ata do Fed divulgada hoje também mostrou que os juros devem cair apenas no ano que vem, o que surpreendeu o mercado, que esperava por uma possível queda ainda nesse ano”, disse Fabio Louzada, da Eu me banco.

Além da questão dos Estados Unidos, a Bolsa também foi pressionada pelos papéis da Vale, que têm grande participação no índice. A ação da mineradora caiu 2.31%, por causa da desvalorização dos preços do minério de ferro na China.

O contrato futuro da commodity mais negociado na China, para entrega em setembro, foi vendido a US$ 98,74, fechando em queda de 4,6%.

Entre as maiores quedas do dia, o destaque ficou com os papéis da CVC, que perdeu 7,25%, Dexco, 6,04%, BRF, 5,68%, JBS, 4,89 e Grupo Soma, 4,665.

Já no lado positivo, a maior alta foi da ação da Méliuz, que ganhou 3,57%. Braskem subiu 2,36%, Petz, 2,33%, 3R Petroleum, 2,06% e BB Seguridade, 1,98%.

15h36 Para os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o fechamento e a aquisição do First Republic Bank foram ordenados, embora os investidores continuassem focados nas tensões no setor bancário. Segundo a ata do último encontro da autoridade, divulgada no período da tarde desta quarta-feira, 24, o participantes da reunião concordaram que o sistema bancário dos Estados Unidos é sólido e resiliente.

“Os participantes geralmente observaram que as ações tomadas pelo Fed e outras agências governamentais em resposta aos desenvolvimentos no setor bancário foram eficazes em reduzir amplamente o estresse bancário”, afirma o documento.

A maior parte do sistema bancário conseguiu gerir eficazmente esta exposição ao risco das taxas de juros mais alta, segundo a publicação. No entanto, a falência de três bancos resultante dos riscos e da gestão do risco de liquidez colocou pressão sobre alguns bancos adicionais, avaliam os dirigentes.

“Vários participantes observaram que o setor bancário era bem capitalizado em geral e que os problemas mais significativos no sistema bancário pareciam estar limitados a um pequeno número de bancos com práticas de gerenciamento de risco insatisfatórias ou exposição substancial a vulnerabilidades específicas”, afirma a ata. (AE)

15h12 O ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, reforçou que o foco do país deve ser o combate à inflação, que ainda segue elevada, sobretudo a de alimentos. O comentário vem após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) britânico, cujo núcleo acelerou em abril.

“Esses números mostram que estamos certos em não pegar leve com a inflação”, afirmou Hunt, otimista após a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que as medidas de aperto monetário podem fazer o Reino Unido contornar a recessão e ter um crescimento modesto de 1% em 2024 e 2% em 2025.

O ministro das Finanças participou da cúpula do Conselho de CEOs do The Wall Street Journal, e enfatizou que, embora o país queira cortar impostos, não é hora de aquecer ainda mais a economia, porque o núcleo da inflação no país atingiu a taxa mais elevada em décadas, de 6,9% na base anual.

Hunt projeta que, até o fim de 2023, a inflação pode cair a 5%. (AE)

15h Ibovespa segue em queda pressionado pela Vale. A mineradora recua 2,03% e a Bolsa se desvaloriza 0,91%, aos 108.923 pontos. Dólar cai 0,43%, vendido a R$ 4,95.

13h49 O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, afirmou nesta quarta-feira, 24, que as negociações para solucionar o impasse do teto da dívida podem “ter progressos” ainda nesta quarta, mas alertou que segue distante dos democratas em várias das divergências.

Em coletiva de imprensa, McCarthy reiterou o argumento de que o governo precisa cortar gastos e culpou o partido governista pela persistência das incertezas.

Segundo ele, a Casa Branca não aceita reduzir as despesas e demorou muito tempo para começar as discussões.

Ainda assim, o republicano disse não acreditar que haverá calote da dívida pública. “Acredito firmemente que resolveremos esse problema”, disse. (AE)

13h40 A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, advertiu para o risco de consequências “altamente adversas”, caso o Congresso e a Casa Branca não cheguem a um acordo para elevar o teto da dívida do governo federal. Ela disse que já vê estresse nos mercados financeiros por causa do impasse, inclusive em leilão de títulos (bills).

Yellen afirmou que o governo enfrentará “decisões muito difíceis” em seus pagamentos, caso o teto da dívida não seja elevado. Anteriormente, ela havia informado em carta que a falta de recursos ocorreria “provavelmente” a partir de 1º de junho. Nesta quarta, Yellen disse que o Tesouro trabalha para atualizar em breve o Congresso sobre a data, buscando dar mais exatidão a ela. De qualquer forma, ela reafirmou ser “altamente provável” que o problema da falta de recursos ocorra no início do próximo mês.

Segundo Yellen, a proposta inicial do governo já era de reduzir o déficit em US$ 3 trilhões, ao longo de dez anos. Nas negociações com a oposição republicana, o presidente Joe Biden propôs um corte extra de US$ 1 trilhão no déficit, apontou. Ela acrescentou que há uma equipe experiente de negociadores tratando do tema.

Yellen disse ainda ser “muito importante” o compromisso de governo e oposição para que o país não entre em default. Isso ajuda a proteger também o dólar e os Treasuries, mencionou. Questionada sobre preparos para um eventual calote, a autoridade disse que o Tesouro não está envolvido nessas conversas, mas sim em buscar contornar o problema. (AE)

13h39 A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, defendeu nesta quarta-feira, 24, que, em geral, uma maior concentração entre os grandes bancos do país “não é desejável”. Durante evento do Wall Street Journal, ela destacou a importância de um setor bancário diverso, com companhias de diferentes tamanhos e tipos, servindo a diferentes necessidades.

Yellen disse que é preciso garantir que aconteça uma “competição saudável” na economia em geral, e também no setor bancário. Ao mesmo tempo, lembrou que a compra de um banco em dificuldades por outro é algo previsto nas regras.

A secretária do Tesouro ainda foi questionada, no evento, sobre a força da inflação no país. Ela avaliou que a inflação está caindo, com problema na oferta sendo em grande medida mitigados na maioria dos setores. Houve ainda queda nos preços da gasolina, lembrou.

O mercado de trabalho está apertado, o que “pode ser um fator que ajuda a puxar o núcleo da inflação”, admitiu Yellen.

Segundo ela, porém, é possível que ocorra uma melhora na inflação sem avanço significativo do desemprego. (AE)

13h33 Bolsa aprofunda queda e perde os 109 mil pontos. Ibovespa recua 1,11%, aos 108.633 pontos. A Vale se desvaloriza 2,13% e pressiona o índice para o vermelho.

Já o dólar se mantém em queda de 0,46%, vendido a R$ 4,95.

12h Ibovespa encerra a primeira parte do pregão de hoje em queda pressionado, principalmente pela Vale. A mineradora recua forte após a desvalorização do minério de ferro nesta quarta-feira.

O contrato futuro da commodity mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China, para entrega em setembro, foi negociado a US$ 98,74, em queda de 4,6%. Com isso, o papel da Vale recua 2,15%. Já a Bolsa perde 0,64%, aos 109.222 pontos.

O dólar segue em queda e se desvaloriza 0,41%, vendido a R$ 4,95.

11h59 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 24, que a aprovação expressiva do arcabouço fiscal na noite da terça-feira, 23, na Câmara é uma vitória de todos. Ele ainda disse que o Congresso “descolou” o tema da polarização entre governo e oposição.

O arcabouço foi aprovado com 372 votos favoráveis, mais de 100 a mais do que o necessário (257).

Em um País que está saindo de uma década de polarização, ter conseguido quase 400 votos O presidente Arthur deve estar confortável, o relator, o Ministério da Fazenda está confortável. O presidente Lula deve ter tido uma notícia do seu agrado. Muito ou pouco apertado, tínhamos que sair daquela armadilha e sair responsavelmente”, afirmou Haddad.

Segundo o ministro, a regra do arcabouço, após as mudanças na Câmara, ficou mais dura, e angariou o maior apoio possível. “É uma regra feita para durar, pode mudar um parâmetro ou outro daqui a 4 ou 5 anos. Mas o desenho de sustentabilidade está garantido com esse placar. Isso é mais importante do que se vai poder gastar R$ 5 bilhões a mais ou a menos no ano que vem.” (AE)

11h43 Bolsa se mantém no vermelho puxada por Vale, que tem grande participação no índice. O Ibovespa recua 0,60%, aos 109.257 pontos. A mineradora perde 2,06%, neste momento.

A moeda americana diminui o ritmo de queda, mas se segue no campo negativo. Dólar se desvaloriza 0,40%, vendido a R$ 4,95.

11h42 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o placar favorável ao novo arcabouço fiscal na votação da noite desta terça-feira, 23, na Câmara e o que considera ser um bom prognóstico para outra medida de interesse da equipe econômica: a reforma tributária.

O texto-base do marco fiscal foi aprovado com votação favorável de 372 votos e 108 contrários, superando o desejo do governo de ter um “placar de PEC”, que demanda 308 votos. Como é uma lei complementar, o arcabouço precisaria de 257 votos para passar na Câmara.

“O placar foi expressivo. A Câmara dos Deputados deu uma demonstração de que busca um entendimento para ajudar o Brasil a recuperar as taxas de crescimento mais expressivas. Isso também nos dá muita confiança de que a reforma tributária é a próxima tarefa a cumprir. O presidente da Câmara Arthur Lira deixou muito claro que pretende votar a tributária na Câmara no primeiro semestre, portanto antes do recesso.” (AE)

10h46 Bolsa segue no negativo pressionada por Vale e bancos. Mineradora recua 1,91%, Bradesco perde 1,25% e Banco do Brasil, 0,45%. Com isso, o Ibovespa recua 0,71%.

O dólar se mantém em queda e, neste momento, cai 0,37%, vendido a R$ 4,95.

10h16 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em queda nesta quarta-feira. A Bolsa recua 0,50%, aos 109.298 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro perdeu 0,26%, aos 109.928 pontos, depois de oscilar entre 109.713 e 11.324 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 24,50 bilhões.

Com o resultado, o referencial brasileiro acumula alta de 5,26% em maio e no ano, os ganhos são de 0,18%.

Já o dólar segue em queda e, neste momento, recua 0,61%, vendido a R$ 4,94.

9h25 O dólar opera em baixa nesta quarta-feira, após a aprovação do texto do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados ontem.

A moeda americana perde 0,60%, vendida a R$ 4,94. Na véspera, o dólar fechou em leve queda de 0,03%, cotado a R$ 4,97.

Com o resultado da sessão de ontem, a divisa passou a acumular queda de 0,48% na semana e de 0,33% no mês. No ano, o dólar recua 5,81%.

No final da noite de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou, com ampla folga, o texto-base do arcabouço fiscal, nova regra para controlar as contas públicas do governo. Foram 372 votos favoráveis, 108 contrários e uma abstenção. Por ser um projeto de lei complementar, o arcabouço precisava de 257 votos favoráveis (maioria absoluta) para ser aprovado.

Hoje, serão votados quatro destaques apresentados pelos deputados, que se aprovados, o texto segue para o Senado.

Ontem, após várias reuniões com líderes partidários e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o relator, deputado Claudio Cajado (PP-BA), anunciou uma mudança no texto que condiciona o crescimento de gastos em 2024 ao aumento de receitas. Isso para minimizar uma brecha que permitia ao governo ampliar de forma expressiva os gastos já na largada da nova regra.

Cajado, que durante a elaboração do seu relatório, adotou como critério desconsiderar estimativas e projeções para dar prioridade aos resultados efetivos de receita e despesa, disse que a alteração de última hora foi resultado da negociação política que tomou toda a tarde da terça.

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