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Universidade de Oxford terá centro de estudos no Rio

Universidade responsável pelo desenvolvimento do imunizante AstraZeneca vai apoiar formação profissional no Brasil

Universidade de Oxford

Além de estudos no combate ao novo coronavírus, sede brasileira da universidade britânica terá áreas dedicadas à cardiologia e à inteligência artificial | Foto: Getty Images

O Ministério da Saúde e a Universidade de Oxford assinaram acordo para o início das atividades da primeira unidade da instituição inglesa no Brasil, que irá funcionar no Rio de Janeiro, a partir do próximo ano.

O acordo de cooperação científica prevê a criação de um centro de estudos e de desenvolvimento profissional. As primeiras áreas de atuação no novo centro serão atenção primária e de combate à covid-19, cardiologia e inteligência artificial.

A unidade é fruto de trabalho conjunto entre a Universidade de Oxford, responsável pelo desenvolvimento da AstraZeneca, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz o imunizante no Brasil.

Universidade de Oxford quer fortalecer a formação profissional no Brasil

A pesquisadora Sue Ann Costa Clemens, coordenadora das pesquisas sobre AstraZeneca no Brasil, disse que a iniciativa tem como meta fortalecer a formação profissional brasileira.

“Temos dois grandes objetivos. Um é a educação, capacitar pessoas das nossas entidades aqui no Brasil, fazendo algo adaptado para o profissional brasileiro”, disse ela. “Outro é a pesquisa, que demonstramos que sabemos fazer, mas queremos ampliar do A ao Z, da identificação do antígeno até o registro internacional.”

Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, agradeceu a colaboração dos profissionais brasileiros no trabalho de produção da vacina criada com a farmacêutica de mesmo nome.

”Muitas das pessoas daqui [do Brasil] tiveram influência direta no resultado que tivemos com a Oxford/AstraZeneca e, por isso, temos um cenário mais tranquilo em relação à pandemia.”

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga destacou a boa relação do Brasil com o Reino Unido. Ele falou das semelhanças entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o sistema de saúde britânico (NHS).

Para Queiroga, a parceria entre Oxford, Fiocruz e AstraZeneca trouxe impactos positivos para o combate à pandemia por causa de qualidades específicas do imunizante.

“É a melhor relação custo-efetividade entre os imunizantes usados no Programa Nacional de Imunizações. Isso é fruto da pesquisa, da colaboração, do esforço de todos nós para termos em uma instituição pública, a Fiocruz, a produção de vacinas e do IFA [ingrediente farmacêutico ativo] nacional.”

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