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Vale vende ativos de carvão na África para a Vulcan por US$ 270 milhões

Mineradora passará à compradora o controle da mina de Moatize e o do Corredor Logístico Nacala, que corta o Malaui e Moçambique

Aérea do Corredor Logístico Nacala, em Moçambique, construído pela Vale para escoar carvão

Aérea do Corredor Logístico Nacala; no início de 2021, a Vale anunciou seu objetivo de focar na mineração de baixo carbono | Foto: Expo Viva/Vale

A Vale (VALE3) informou nesta terça-feira, 21, que celebrou um acordo vinculante com a Vulcan Minerals para vender a mina de carvão Moatize e o Corredor Logístico Nacala (CLN), no Malaui e em Moçambique, pelo total de US$ 270 milhões.

A transação é composta por US$ 80 milhões na conclusão da operação e US$ 190 milhões do negócio existente até a conclusão; mais um Acordo de Royalty de dez anos sujeito a certas condições de produção da mina e preço do carvão.

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Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirma que a conclusão da transação está sujeita ao cumprimento das condições precedentes usuais, incluindo a aprovação do Ministério de Recursos Minerais e Energia de Moçambique nos termos da Lei de Mineração nº 20/2014, e a aprovação do Governo de Moçambique nos termos dos Contratos de Concessão para a mudança de controle e antitruste.

“Tenho o prazer de anunciar este importante passo para o desinvestimento responsável de Moatize e CLN, em uma transação que beneficia as comunidades e governos onde essas operações estão localizadas e oferece um futuro sustentável para as operações. Esta é mais uma conquista do nosso compromisso de reshape da nossa empresa, com foco em nossos principais negócios”, destaca Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale.

“A Vale está empenhada em trabalhar em conjunto com os governos de Moçambique e do Malawi para garantir uma transição suave para a nova operadora”, diz.

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Negócios de carvão da Vale

A mineradora lembra que no início de 2021, anunciou seu objetivo de não mais possuir ativos de carvão, focando em seus negócios core e em sua ambição de se tornar líder na mineração de baixo carbono.

"Nos últimos 15 anos, a Vale trabalhou em parceria com os governos de Moçambique e Malawi na implementação da mina de Moatize e dos 912 km de ferrovia do CLN para o transporte de carvão, além da renovação das operações de carga geral e transporte de passageiros", afirma.

Estes investimentos, segundo a empresa, representam um legado relevante para os países e são um importante vetor para o desenvolvimento local.

Enquanto conduzia um processo de busca responsável de um investidor no negócio do carvão, a Vale continuou a apoiar o ramp-up do projeto e seus compromissos com a sociedade e as partes interessadas.

Sobre a Vulcan

A Vulcan é uma empresa privada que faz parte do Jindal Group com valor de US$ 18 bilhões.

O Jindal Group tem vasta experiência de trabalho em Moçambique com as operações da mina Chirodzi, localizada na Bacia de Tete em Moçambique, uma mina a céu aberto operando a 5 Mtpa em 2021.

As empresas do Jindal Group são signatárias da World Steel Sustainable Development Charter, 2015, e também são membros da Climate Action da World Steel Association.

Essas políticas refletem o propósito e a intenção do Grupo em relação ao Pacto Global das Nações Unidas, à World Steel Sustainable Development Charter e Global Reporting Initiative Standards.

Jindal Group também tem várias fundações que buscam a Responsabilidade Social Corporativa e filantropia, com foco principal em atender às necessidades de saúde e nutrição, água potável e saneamento, acesso à educação, empoderamento das mulheres e outros. (AE)

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