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Variante ômicron trava recuperação do setor aéreo

Associação Internacional de Transportes Aéreos indica que a nova variante ômicron do coronavírus interrompe o processo de recuperação em curso

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Setor aéreo registrou leve melhora no Brasil, graças à queda na taxa de infecção, do progresso na vacinação e da temporada de viagens de verão | Foto: Getty Images

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou seu relatório de análise de mercado de companhias aéreas de outubro, onde a destacou a consistente recuperação gradual do setor e alertou sobre a variante Omicron e seus impactos negativos na aviação internacional.

As companhias aéreas continuaram a apresentar uma recuperação gradual em outubro, segundo a IATA, mas o tráfego aéreo de passageiros permanece bem abaixo dos níveis pré-crise, com a demanda medida ainda abaixo dos números de 2019.

Entretanto, a agência alertou que a variante Omicron tem potencial para travar a retomada do setor, pelo menos temporariamente, já dando sinais de desaceleração nos mercados europeus, em função do aumento da taxa de infecção e do consequente reforço das restrições às viagens aéreas.

Nos mercados domésticos, a demanda melhorou de -24,2% em setembro para -22% em outubro ante 2019, o que marca a segunda melhora consecutiva, após a queda observada em agosto devido a variante Delta de COVID-19 na Ásia.

Na esteira da recuperação, após uma parada em setembro, os mercados internacionais foram responsáveis pela maior parcela da melhoria em outubro, com todas as principais regiões melhorando.

Setor aéreo teve ligeira melhora no Brasil, mas ômicron interrompe tendência

Em relação ao mercado interno do Brasil, os números do setor registraram uma leve melhora, graças à queda na taxa de infecção, do progresso na vacinação e da temporada de viagens de verão.

O mercado da América Latina registrou recuperação, refletindo a tendência positiva da taxa de vacinação e queda das infecções.

Mesmo em meio à aceleração da infecção na Europa e na América do Norte, as empresas aéreas apontavam para a continuidade da recuperação durante o mês de novembro, mas o surgimento da variante Omicron levou a IATA a rever suas expectativas, pois acredita ser improvável que os números globais apresentem um aumento significativo nos próximos 2-3 meses.

A agência afirma que a maioria dos países pode retomar as restrições de viagens, afetando principalmente as reservas em dezembro, enquanto novembro não deve ter grandes impactos, já que a variante saiu em meio a uma tendência de alta no final do mês.

Na avaliação do Banco Safra, a aviação internacional continuará pressionada no quarto trimestre de 2021, principalmente em função da expansão das taxas de infecção em todo o mundo e da nova variante Omicron.

No caso das companhias aéreas brasileiras, além dos agravantes mencionados acima, as empresas continuam sofrendo com o aumento dos custos do combustível de aviação e a queda do poder de compra da população, o que deve afetar ainda mais a demanda doméstica.

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