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Velejadoras brasileiras conquistam o ouro

Velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze entraram para o seleto de grupo de atletas brasileiros campeões olímpicos em duas edições seguidas

Medalha de ouro

Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, repetindo o feito na Rio-2016 | Foto: Jonne Roriz/COB-Divulgação

Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, repetindo o feito na Rio-2016, e com isso entraram para um seleto de grupo de atletas brasileiros que foram campeões olímpicos em duas edições seguidas: Adhemar Ferreira da Silva (1952/1956), do atletismo, e Sheilla, Jaqueline, Fabi, Fabiana, Paula Pequeno e Thaisa (2008/2012), da seleção femina de vôlei.

“A gente coloca muita dedicação no que a gente faz. Mas não acho que podemos ser consideradas fenômenos. Tem muito trabalho envolvido”, explicou Martine, que falou mais que a parceira porque Kahena estava ansiosa pelo resultado do namorado, o espanhol Iago López Marra, que acabou ficando na quarta posição na disputa.

Além das jogadoras de vôlei e do maior nome do salto triplo que o Brasil já teve, as duas velejadoras lembraram de suas pessoas especiais nesta competição: Torben Grael, pai de Martine, e Robert Scheidt, que competiu na classe laser. Ambos foram campeões olímpicos duas vezes, mas em edições não consecutivas.

Estratégia de velejadoras garantiu vitória

Durante a disputa, as brasileiras escolheram um caminho diferente das principais adversárias e a estratégia deu certo. Elas passaram na terceira posição na primeira e na segunda boia, atrás apenas do barco da Argentina e da Noruega. Passaram a terceira boia na mesma posição e depois foi só ultrapassar a linha de chegada para confirmar a medalha de ouro para o Brasil.

“Antes da nossa competição eu dei uma passada lá no píer e percebi que havia uma diferença de corrente. Como sou de Niterói, estou acostumado com isso na Baía de Guanabara. Então conseguimos fazer uma largada mais livre pela direita e deu tudo certo”, revelou Martine.

A disputa tem muitas semelhanças com o que ocorreu na Olimpíada anterior, quando elas também entraram em desvantagem, mas conseguiram fazer uma prova muito boa. No caso dos Jogos do Rio, elas perceberam a direção do vento graça a uma bandeira que fica em cima do Forte São João.

Esta foi a 19º medalha da vela brasileira na história dos Jogos Olímpicos e a única conquistada pela modalidade até o momento em Tóquio. Também é o nono pódio da família Grael, que tem em Torben, pai de Martine, o principal expoente. Ele disputou seis edições da Olimpíada e ganhou duas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), uma de prata (Los Angeles-1984) e duas de bronze (Seul-1988 e Sydney-2000).

“A cultura náutica é muito forte na nossa família. E meus pais sempre me apoiaram no esporte”, contou Martine. (AE)

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