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Janet Yellen, a primeira a chefiar o Tesouro

Nova secretária defendeu um sistema tributário progressivo e garantiu que não haverá interferência no câmbio

Janet Yellen

Antes de ser indicada para o Departamento do Tesouro, Yallen foi a primeira mulher a presidie o Federal Reserve | Foto: Reprodução

Janet Yellen, 74 anos, tomou posse como 78ª secretária do Tesouro dos Estados Unidos nesta terça-feira, 26, um dia após ter sua nomeação confirmada pelo Senado.

A cerimônia, realizada na Casa Branca, foi conduzida pela vice-presidente Kamala Harris. “Eu juro solenemente que apoiarei e defenderei a Constituição dos EUA contra todos os inimigos, estrangeiros ou domésticos”, declarou a ex-presidente do Federal Reserve, o banco central americano.

O Senado deu aval à indicação por 84 votos favoráveis e 15 contrários. A ex-presidente do Fed participou de uma sabatina com os senadores na terça-feira passada.

Depois de se tornar a primeira mulher a presidir o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, entre 2014 e 2018, Yellen torna-se agora a primeira a chefiar o Departamento do Tesouro.

Janet Yellen é economista e professora emérita da Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde dá aulas desde 1980. Além da vida acadêmica, atuou na administração como presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca no governo de Bill Clinton, entre 1997 e 1999. Ela é casada com George Arthur Akerlof, um ganhador do Prêmio Nobel, economista e professor emérito da Universidade da Califórnia.

Ação para enfrentar pandemia

O Comitê de Finanças do Senado já havia aprovado na sexta-feira, 22, por unanimidade, a indicação feita pelo presidente Joe Biden. Apesar de discordarem de algumas posições defendidas por Yellen, os parlamentares do Partido Republicano disseram que ela é qualificada para o cargo.

Senador republicano pelo estado de Iowa, Chuck Grassley afirmou durante a sessão da semana passada que os votos favoráveis de seu partido à escolhida por Biden para comandar o Tesouro sinalizam um interesse da oposição “em trabalhar cooperativamente e de forma bipartidária”.

Na sabatina, Yellen defendeu o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão de Biden e disse que é preciso “agir com grandeza” para combater a pandemia de covid-19 e impulsionar o crescimento econômico.

A ex-presidente do Fed também se comprometeu a não interferir no mercado cambial. “A variação do dólar e outras moedas deve ser determinada pelos mercados. Devemos nos opor a países que manipulam câmbio por vantagem competitiva”, declarou na ocasião.

A nova secretária do Tesouro defendeu, ainda, um sistema tributário progressivo e a cobrança de mais impostos sobre os ricos e as grandes corporações. “Nós vamos assegurar a competitividade das empresas, mas com impostos um pouco mais altos”, afirmou. (AE)

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