43 camelos com botox são desclassificados de concurso na Arábia Saudita

Organizadores de um concurso de beleza para camelos na Arábia Saudita disseram que 43 animais foram desqualificados por receberem tratamentos de Botox, lifting facial e outros procedimentos estéticos.

Funcionários do Festival de Camelos rei Abdulaziz, no deserto a nordeste de Riade, disseram que exames dos animais inscritos no concurso de beleza revelaram que 43 deles haviam recebido injeções de Botox, procedimentos de lifting facial, injeções hormonais e outros aprimoramentos proibidos.

O concurso, que com prêmio no valor de US$ 66 milhões (o equivalente a R$ 370 milhões) para o criador do animal vencedor, apresenta juízes classificando os camelos com base nas formas de suas cabeças, pescoços e corcundas, bem como o vestido e a postura.

Autoridades disseram que tecnologias avançadas foram usadas para melhorias artificiais, e 43 dos animais foram desqualificados devido às descobertas.

Segundo as autoridades, esta foi a maior desclassificação na história do concurso.

D. Pedro II tentou adaptar camelos no Nordeste brasileiro

O Brasil tentou adaptar camelos na região nordetina devido à sua resistência à escassez de água e comida. A iniciativa foi do imperador D. Pedro II, que decidiu apostar na experiência da Comissão do Ceará, organizada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e trazer camelos para o Brasil.

Em julho de 1859, desembarcaram no Brasil 14 camelos vindos da Argélia. Porém, o pequeno rebanho padeceu com a falta de criadores especializados.

A longa gestação das fêmeas, que dura cerca de um ano, ultrapassava os prazos pretendidos para a formação de criações maiores, que acabaram cessando. Aos animais que conseguiram se aclimatar, foi reservado o inusitado papel de atração turística. Hoje alguns camelos são usados para passeios turísticos em cidades como Natal, no Rio Grande do Norte.