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Copom define nova alta da taxa básica de juros na quarta-feira

Últimos dias de outubro terão divulgações importantes, como o novo patamar da taxa Selic e a criação de postos de trabalho

Vista aérea do Banco Central do Brasil, em Brasília, onde é definida a taxa de juros

Safra espera que o ritmo de elevação da taxa de juros se intensifique, com subida de 1,25 ponto percentual da Selic, para 7,50% ao ano | Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A última semana de outubro está repleta de eventos e indicadores importantes, com destaque para o novo patamar da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.

Definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a Selic deve subir a um ritmo mais intenso do que o esperado desde o fim da última elevação.

Isso devido às turbulências políticas e econômicas internas e o consequente aumento da inflação para os cidadãos.

Além dos juros, a semana terá ainda outras divulgações importantes, como os postos de trabalho criados em setembro, com o Caged, e o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação brasileira no mês.

Adicionalmente, o mercado ficará atento ao andamento da PEC dos Precatórios e à proposta de mudança do teto de gastos do governo federal.

Agenda econômica – 25 a 29 de outubro

Segunda-feira: balanços no Brasil

Os investidores iniciam a semana de olho no Relatório Focus, que pode repercutir os recentes ruídos políticos que afetaram as expectativas dos agentes econômicos para as contas públicas.

Lá fora, o instituto alemão Ifo publica o seu o índice de confiança empresarial referente ao mês de outubro.

Após o fechamento do mercado, a temporada de balanços do 3º trimestre começa para valer no Brasil, com os números de TIM Brasil e Neoenergia.

Nos Estados Unidos, também à noite, sai o relatório financeiro do Facebook.

Terça-feira: prévia da inflação e emprego

Um dos principais números sobre a economia brasileira divulgados na semana é o IPCA-15, com a prévia da inflação observada no país em outubro.

O Safra prevê uma desaceleração mensal para 0,95%, resultado de uma pressão menor da energia elétrica e do arrefecimento dos combustíveis. Ainda assim, o índice deve seguir acumulando mais de 10% em 12 meses.

Iremos aguardar também a divulgação de dados do Caged sobre setembro.

A projeção do Safra é de criação líquida de 360 mil postos com carteira assinada.

Nos Estados Unidos, o mercado acompanha o levantamento mensal de confiança do consumidor realizado pelo Conference Board.

Entre as empresas, destaque para o balanço da Klabin pela manhã. Após o fechamento, Microsoft e Alphabet, dona da Google, reportam seus números.

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Quarta-feira: alta da taxa de juros

Pela manhã, o IBGE divulga a Pnad Contínua de agosto. A previsão do Safra é que a taxa trimestral de desemprego recue para 13,5%.

Aguardamos ainda o resultado primário do governo central (Previdência, Tesouro e BC) em setembro. O consenso de mercado é de déficit em torno de R$ 7 bilhões.

Após o fechamento do mercado, o Copom revela sua decisão para a taxa de juros, a Selic.

O Safra espera que o ritmo de aperto se intensifique e a Selic suba 1,25 ponto percentual, para 7,50% ao ano.

E o mercado acompanha os balanços de WEG, Santander Brasil e Gerdau.

Nos Estados Unidos, McDonald’s e Coca-Cola divulgam seus números. Após o fechamento, é a vez da Telefônica Brasil, dona da Vivo.

Quinta-feira: PIB dos EUA

O destaque é a primeira leitura do PIB dos Estados Unidos no 3º trimestre. O consenso de mercado aponta um crescimento um pouco acima de 3% em base anual.

Isso significaria uma desaceleração ante o 2º trimestre, causada principalmente pela variante delta da covid-19 e pela escassez de suprimentos e mão de obra no país.

O dia também é de decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). O mercado não prevê novas mudanças, apesar da inflação seguir em níveis elevados na região.

A instituição já anunciou uma recalibragem do seu programa de estímulos emergenciais.

Entre as empresas, pela manhã, sai o balanço da Ambev. Após o fechamento, estão previstos números financeiros de Vale, Petrobras e Suzano, enquanto nos Estados Unidos temos as gigantes de tecnologia Apple e Amazon.

Sexta-feira: PIB europeu

Teremos dados oficiais para a Zona do Euro: a prévia da inflação na região em outubro e o PIB observado no 3º trimestre, que, assim como nos Estados Unidos, deve indicar uma queda de ritmo.

Ainda lá fora, será conhecida a variação do PCE em setembro, o índice preferido pelo Federal Reserve para observar a inflação americana.

A estimativa do Safra é de alta mensal de 0,3% e anual de 4,4%.

A Usiminas é o destaque logo cedo na temporada de balanços.

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