close

Copom mantém taxa básica de juros em 2% ao ano

Apesar da alta recente da inflação. integrantes do Conselho de Política Monetária decidiram por unanimidade manter a Selic

Sede do Banco Central

Com a decisão do Conselho de Política Monetária, a taxa de juros permanece no nível mais baixo da série histórica / Foto: Agência Brasil

Em meio ao aumento da inflação de alimentos que começa a estender-se por outros setores, o Banco Central (BC) decidiu não mexeu nos juros básicos da economia.

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 2% ao ano pela quarta vez seguida. A decisão não causou surpresa

Com a decisão desta quarta-feira, 20, a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.

Em julho de 2015, a taxa chegou a 14,25% ao ano. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020.

O Ibovespa fechou a quarta-feira em queda de 0,82%, aos 119.646 pontos. Nos Estados Unidos, o S&P 500 subiu 1,39%, aos 3.852 pontos. O dólar acabou o dia em baixa de 0,61%, cotado a R$ 5,31. Já o euro cedeu 0,77%, a R$ 6,43.

O fim do “forward guidance”

A decisão do Copom veio acompanhada da retirada do “forward guidance” – prescrição futura, no jargão inglês.

Desde agosto do ano passado, o Copom passou a usar o instrumento se comprometendo a não elevar os juros de acordo com três condições: projeções de inflação abaixo da meta no horizonte relevante, manutenção do regime fiscal e expectativas de longo prazo ancoradas.

Na reunião de dezembro, o Copom já havia sinalizado que o forward guidance seria abandonado “em breve”.

“Em vista das novas informações, o Copom avalia que essas condições deixaram de ser satisfeitas já que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estão suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária. Como consequência, o forward guidance deixa de existir e a condução da política monetária seguirá, doravante, a análise usual do balanço de riscos para a inflação prospectiva”, justificou o Copom, no comunicado.

Mais uma vez, o colegiado ressaltou que a retirada do “forward guidance” não implica uma elevação mecânica da Selic, já que as incertezas quanto à evolução da atividade econômica continuam demandando um estímulo monetário “extraordinariamente elevado”. (Com Agência Brasil e AE)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra