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Operações com Tesouro Direto caem 17% em 2020

Apesar do resgate líquido de R$ 2 bilhões, estoque do Tesouro Direto cresceu R$ 3 bilhões em 2020, segundo o Tesouro Nacional

Tesouro direto

Considerado o investimento mais seguro do mercado, Tesouro Direto teve procura menor durante a pandemia | Foto: Getty Images

Em meio à pandemia de covid-19, as operações com títulos no Programa Tesouro Direto caíram 17,02% em 2020, de acordo com dados do Tesouro Nacional.

A quantidade total de operações na modalidade chegou a 4,57 milhões – média de 381,3 mil operações por mês. O Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguro do mercado.

Com a retração da economia no ano passado, as emissões de títulos dentro do programa recuaram 20,3% em relação a 2019, ficando em R$ 24,6 bilhões. Já os resgates caíram 13,6% na mesma comparação, somando R$ 26,7 bilhões no ano passado – sendo R$ 24,2 bilhões em recompras e R$ 2,4 bilhões em vencimentos.

Estoque cresceu R$ 3 bilhões em 2020

Apesar do resgate líquido de R$ 2,09 bilhões, o estoque do Tesouro Direto cresceu R$ 3,06 bilhões em 2020, encerrando o ano em R$ 62,7 bilhões. O volume representa um aumento de 5,1% em relação ao saldo no fim de 2019.

O número de investidores ativos, que de fato mantêm aplicações no programa, cresceu 20,2% no ano passado, chegando a 1,4 milhão de pessoas no fim de 2020.

Apenas em dezembro, 67,8 mil novos investidores passaram a ter papéis do Tesouro por meio do programa, o maior acréscimo mensal da série histórica. Já o número de pessoas cadastradas no programa já chega a 9,2 milhões.

De acordo com o Tesouro, os títulos mais procurados pelos investidores do programa no ano passado foram aqueles remunerados pela Selic, que totalizaram R$ 11,5 bilhões, ou 46,6% das vendas em 2020.

Os papéis atrelados à inflação somaram R$ 8,1 bilhões (32,02% das emissões), enquanto os títulos prefixados ficaram em R$ 5 bilhões (20,5% das vendas.)

A maior parte dos títulos emitidos no Tesouro Direto em 2020 teve vencimento de um a cinco anos (46%), seguido pelos papéis com prazos de cinco a dez anos (29,1%), e pelos títulos de mais de dez anos (24,8%). O Tesouro destacou ainda que 67,2% de todas as operações de investimento no programa no ano passado envolveram valores até R$ 1 mil. (AE)

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