Três alternativas para investir com as oportunidades do mercado atual

Com os conflitos no Leste Europeu completando dois meses, o mundo continua imerso nos mesmos problemas. A pressão inflacionária ainda é uma realidade que está longe de ser resolvida e os efeitos que as possíveis soluções causarão na economia são temidos e desconhecidos. Nesse cenário, os mercados permanecem incertos e a volatilidade elevada nas principais bolsas ao redor do globo.

Pensando em nossas alocações e tentando ser os mais pragmáticos possíveis, devemos entender que qualquer conclusão tirada desse momento possuirá cenários alternativos e de grande impacto. Assim, cabe a nós tentarmos analisar os números, indicadores e preços momentâneos e traçar os planos para o futuro.

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É notório que estamos a frente de uma economia inflacionada, que levará os bancos centrais a aumentarem suas curvas de juros, trazendo volatilidade para os ativos de risco. Nesse contexto, devemos analisar como podemos aproveitar esses indicadores a nosso favor.

O mercado de derivativos, com toda a sua precisão matemática, nos permite aproveitar tanto os movimentos direcionais dos papéis, quanto os diferentes momentos de volatilidade. Basicamente, existem estratégias mais adequadas para empresas com alta volatilidade e outras quando o indicador está historicamente baixo, e é exatamente isso que gostaríamos de explorar nessa coluna.

O setor bancário brasileiro, por exemplo, apesar de todas as incertezas, está com a volatilidade historicamente baixa. Bradesco, que normalmente trabalha na casa dos 32%, está sendo negociado a singelos 24%. Essa dinâmica funciona para Itaú e Banco do Brasil. Apesar de possuir um conceito mais avançado, uma estratégia interessante seria trocar os papéis à vista por opções de compra. Dessa forma, aproveitamos a baixa volatilidade para pagar pouco prêmio pelos derivativos e ficamos com o dinheiro livre para outras ações.

Pensando agora na maior parte dos papéis do Ibovespa, que apresentam volatilidades relativamente altas, as alternativas são diferentes. Nesses casos, as estratégias de renda, como financiamento e Hawk são as mais indicadas, pois permite capturar grande parte do indicador em forma de rentabilidade e proteção. Vale ressaltar que para essa alternativa o mais importante é a seleção das empresas a serem utilizadas. Não basta escolher apenas as opções com as maiores taxas de retorno, mas o melhor custo-benefício entre qualidade dos papéis e lucratividade. Papeis como 3R, PRIO3, BPAC11, CSNA3, LREN3 e CYRE3 são bons exemplos para essas estratégias.

Explorando as alternativas desse vasto mercado de opções, a Collar Kin é uma estratégia que, além de aproveitar a volatilidade, utiliza os juros altos para permitir que os investidores participem de eventuais altas, mas não abram mão de uma proteção contra a queda. Um cenário que se encaixa muito bem com a situação atual da economia. Papéis como ITUB4, PETR4, VALE3, JBSS3 e WEGE3 são ótimas ideias.

Vale ressaltar que o investidor, antes de escolher a estratégia e o papel, deve analisar se os cenários propostos são adequados ao seu perfil de risco e se as empresas selecionadas são alinhadas às suas ambições.