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Murillo de Aragão analisa renovações no Congresso

Articulista de O Especialista foi entrevistado na série "Cenários", apresentada pela jornalista Sonia Racy, do Estadão

Murillo de Aragão é cientista político e presidente da consultoria Arko Advices | Foto: Divulgação

A renovação das lideranças do Congresso, com as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, esteve no centro dos noticiários desta segunda-feira, 1.

Com Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) o governo federal deve ter mais tranquilidade para tocar uma agenda econômica junto com o Congresso.

A análise é do articulista de O Especialista e presidente da consultoria Arko Advices, Murillo de Aragão. Ele foi o convidado desta terça-feira, 2, da série “Cenários”, apresentada por Sonia Racy, jornalista do Estadão.

A série é uma parceria entre o jornal e o Banco Safra. As entrevistas anteriores podem ser assistidas pelo canal do Safra no YouTube.

Equilíbrio fiscal

Ao apontar os desafios fiscais do país, Racy citou a posição do ministro da Economia, Paulo Guedes, para quem novas rodadas de auxílio emergencial estão condicionadas a um corte de gastos públicos.

Na visão de Aragão, um caminho provável para o impasse, caso a pandemia se agrave ainda mais, é financiar o aumento das despesas estatais com elevação de impostos.

Isso implicaria flexibilizar as regras orçamentárias, seja por uma emenda constitucional ou decreto de calamidade, disse o cientista político.

“Provavelmente teremos um Bolsa Família repaginado”, projetou Aragão. “A intensidade da solução será dada pela intensidade da pandemia.”

Sobre as privatizações, Aragão acredita que os projetos em andamento no Programa de Parcerias de Investimentos podem se materializar.

Eleições de 2022

Outro assunto da conversa foi a eleição presidencial de 2022. Para Aragão, em razão do controle da máquina pública, bem como da sua capacidade de mobilização e popularidade, o atual presidente Jair Bolsonaro deverá estar no 2º turno das eleições.

Contudo, o especialista entende que não é muito provável que Bolsonaro alcance o mesmo número de votos da última eleição, quando parte expressiva do centro político apoiou sua candidatura. “Ele terá que reconstruir essa relação com o centro”.

Entre os desafios para a reeleição estão a narrativa antipolítica, e, sobretudo, a recuperação econômica e a superação da pandemia, afirmou Aragão.

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