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Ibovespa sobe mais de 2% e supera os 105 mil pontos

A Bolsa subiu 2,04%, aos 105.892 pontos, depois de oscilar entre 103.776 e 106.161 pontos; o volume financeiro foi de R$ 29,43 bilhões

Mercado financeiro

Os investidores monitoraram as políticas monetárias ao redor do mundo para controlar a inflação global | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta forte nesta quinta-feira, depois de uma nova alta de juros no Brasil, e rompeu o patamar dos 105 mil pontos.

A Bolsa subiu 2,04%, aos 105.892 pontos, depois de oscilar entre 103.776 e 106.161 pontos. O volume financeiro foi de R$ 29,43 bilhões. Com o resultado, o indicador tem alta de 2,20% no mês.

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A Bolsa se descolou dos índices americanos que fecharam sem direção definida nesta sessão. Dow Jones recuou 0,26%, S&P 500 caiu 0,08% e Nasdaq subiu 0,41%.

Os investidores monitoram as políticas monetárias ao redor do mundo para controlar a inflação global. Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros pela 12ª vez consecutiva. A Selic subiu 0,5 ponto percentual e passa a ser de 13,75% ao ano. Para a próxima reunião, o Comitê antevê um novo ajuste de menor magnitude.

O mercado já esperava esta alta e alguns analistas acreditam que a autoridade monetária brasileira deve manter o ciclo de elevação da Selic, para conter a inflação, apesar da desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com a queda dos preços dos combustíveis em junho. 

Em seu comunicado, o Copom disse considerar apropriado que o ciclo de alta “continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista” – isto é, que a Selic continue subindo.

“Apesar do segundo semestre prometer ser bem desafiador, agosto está começando com uma boa valorização, que pode ajudar a Bolsa brasileira a não sofrer tanto no período eleitoral”, disse Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos. “A decisão do Copom para muitos analistas e especialistas de mercado pode ter indicado o chamado “juros terminal”, com o potencial fim do ciclo de alta de juros, e provável reversão da curva no curto prazo, fato esTe que animou bastante o mercado.” 

O ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola, vê pouco espaço para que a autoridade monetária comece a cortar juros no primeiro semestre do ano que vem. Se a política fiscal “fosse mais responsável”, o economista acredita que o BC poderia iniciar um relaxamento da política monetária na primeira metade de 2023.

“Estou pessimista em relação à existência de algum tipo de espaço para o BC iniciar uma queda de juros antecipada”, afirmou Loyola em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Independentemente do candidato que ganhar as eleições presidenciais, o economista vê a política fiscal em xeque em 2023.

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