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Saúde decide comprar 100 milhões de doses de vacinas

Com o recorde de mais de 1,9 mil mortes em 24 horas, governo federal decidiu fechar compra de vacinas da Pfizer e da Janssen

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Vacinação em São Paulo: filas em todos os postos de atendimento evidencia o medo do contágio do vírus | Foto: AE

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 3, que irá comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen. Em reunião com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o ministro Eduardo Pazuello afirmou que a compra com a Pfizer poderia ser concluída ainda nesta quarta.

A confirmação veio no dia em que o Brasil atingiu um novo recorde com 1.910 mortos em 24 horas.

A fala de Pazuello ocorre no momento de explosão de internações e colapso de sistemas de saúde em todo o País. O governo é pressionado para ampliar a oferta de imunizantes, mas Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro rejeitam há meses a oferta da Pfizer.

O ministro não informou quantas doses da Pfizer devem ser compradas. Em apresentações recentes a prefeitos e governadores, Pazuello disse que a negociação seria por 100 milhões de doses, mas com a entrega de uma primeira parcela de 8,71 milhões de doses em julho. O restante, entre outubro e dezembro.

Vacina foi a primeira aprovada pela Anvisa

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a covid-19, em 23 de fevereiro. O imunizante tem eficácia global de 95%. Para a população acima de 65 anos, alcança 94%, segundo avaliou a agência sanitária.

O governador João Doria (PSDB), por exemplo, disse nessa terça-feira que autorizou a compra de 20 milhões de doses da Pfizer e também 20 milhões de doses do imunizante russo Sputnik V.

A notícia sobre a compra de vacinas derrubou o dólar, que chegou a R$ 5,77. Em poucos minutos, em virada surpreendente, o dólar zerou a alta e saiu da casa dos R$ 5,75 para R$ 5,63, nas mínimas do dia. Declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, quase em paralelo ao anúncio das vacinas, prometendo respeitar o teto de gastos também tiveram peso importante na melhora do câmbio.

Compra de vacina derruba o dólar

No fechamento de hoje, o dólar encerrou perto da estabilidade, em leve queda de 0,03%, a R$ 5,6643. No mercado futuro, o dólar para abril caiu 1,12%, cotado em R$ 5,6235.

“Se a gente conseguir trazer essas 100 milhões de doses, é algo já relevante. Quanto mais rápido a gente andar, traz fôlego maior para a atividade econômica”, comentou a sócia-diretora da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, na mesma live. “O quadro pandêmico está pior do que se imaginava e as dúvidas em relação ao quadro fiscal estão muito fortes”, disse ela, prevendo Produto Interno Bruto (PIB) negativo no primeiro trimestre.

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