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Nordeste compra 37 milhões de doses da vacina Sputnik

Por exigência do governo federal, vacinas vão integrar plano nacional de vacinação e serão distribuídas para todos os estados

vacina russa

A Sputnik V ainda não tem o registro na Anvisa, mas a lei permite uso com base em autorizações em outros países | Foto: Getty Images

Os Estados Nordeste compraram 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19. O anúncio foi feito pelos governadores da região após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

As vacinas vão reforçar o Plano Nacional de Imunização do governo federal e serão distribuídas também para os demais estados.

“Comunicamos ao ministro Pazuello o fechamento de um contrato para 37 milhões de vacinas Sputnik entre o Consórcio Nordeste e o Fundo Soberano Russo”, afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias, em suas redes sociais.

O governo federal também comprou 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, e distribuída no Brasil pela União Química. O contrato foi assinado na sexta, dia 12 e as vacinas serão entregues entre abril e junho.

Distribuição caberá à Saúde

A Sputnik V ainda não tem o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada no Brasil.

Mas governadores do Nordeste se apoiam na lei que autoriza Estados e municípios a importarem vacinas aprovadas por autoridades de outros países e blocos como Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Reino Unido, Rússia, Índia, Coreia do Sul, Canadá, Austrália e Argentina.

A lei foi sancionada há poucos dias, após pressão de todos os estados e municípios diante da falta de opções oferecidas pelo governo federal.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, explicou que caberá à União fazer toda a logística de distribuição, armazenamento, transporte e entrega das vacinas aos Estados.

A Sputnik V é desenvolvimento na Rússia e possui uma eficácia de 91,4%. O Ministério da Saúde assinou um contrato para receber mais 10 milhões de doses da vacina russa, que serão importadas da Rússia pelo laboratório brasileiro União Química. As primeiras 400 mil doses devem chegar em abril.

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