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Bolsa abre otimista mas não sustenta alta

Depois do início influenciado por notícias de fora positivas, como a de vacinação nos Estados Unidos, o Ibovespa perdeu o fôlego

Vacina

Governo americano iniciou ontem o esforço de distribuição das doses da vacina desenvolvida pela Pfizer e pelo laboratório BioNTech / Foto: Getty Images

O início da vacinação contra a covid-19 nos Estados Unidos e a continuidade de imunização em outras partes do globo dão otimismo aos investidores na manhã desta segunda, 14 de dezembro.

A alta nas bolsas europeias, nos índices futuros de Nova York e do petróleo no exterior ocorre apesar do aumento de casos de covid-19 no mundo. A piora da doença já leva à adoção de medidas sociais mais restritivas, caso da Alemanha, e isso pode atrapalhar a dinâmica da retomada da economia mundial.

Depois de tocar a máxima aos 115,7 mil pontos, o Ibovespa começou a perder fôlego. Ao meio dia, o índice estava ligeiramente negativo. A expectativa é se, ao longo do dia, o desempenho da Bolsa levará à compensação da pequena queda acumulada do ano.

Na sexta-feira, o Ibovespa chegou perto de recuperar as perdas do ano decorrentes da pandemia. O índice fechou estável, aos 115.128 pontos, voltando ao nível de fevereiro, reduzindo a perda do ano a 0,45 ponto percentual.

A principal notícia que influenciava o mercado global na manhã de hoje era o anúncio de que o governo americano iniciou ontem o esforço de distribuição das doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer e pela alemã BioNTech.

Até quarta-feira, 16 de dezembro, 2,9 milhões de doses devem chegar a cerca de 600 locais de aplicação da vacina nos Estados Unidos.

Enquanto isso, o investidor por lá fica à espera do pacote de estímulos fiscais para atenuar os impactos da pandemia na economia. Já Cingapura aprovou o uso da vacina dos mesmos fabricantes dos Estados Unidos. A autoridade do país asiático prevê vacinas para toda a população no terceiro trimestre de 2021.

A despeito do ânimo internacional, investidores já colocam o pé no freio, se preparando para as folgas de Natal e da virada do ano. Isso pode ser impedimento de mais ganhos robustos na B3 nessa reta final.

Câmbio

O dólar voltou a subir: ao meio dia valorizava 0,32%, a R$ 5,06, após ter passado por uma mínima de R$ 5,01 no dia.

A despeito da comemoração com o avanço das vacinas à população mundial, há dúvidas sobre quando começará a imunização da população brasileira.

Nesta manhã, o vice-presidente Hamilton Mourão reiterou que tomará qualquer vacina contra a covid-19 que seja certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária . Mourão é um dos poucos membros do alto escalão do governo que ainda não contraíram a doença.

Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, Mourão é um entusiasta do imunizante. O Ministério da Saúde, por sua vez, nega repetidamente a acusação de negligência e garante que o abastecimento dos medicamentos para doenças raras está “regular”.

(Agência Estado)

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