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Banco do Japão estende programa de ajuda

Bolsas da Ásia fecham em queda após decisão japonesa e do veto dos Estados Unidos a empresas chinesas

Vista de Tokyo

Política de juros será mantida até março de 2021 e empresas terão mais auxílio / Foto: Getty Images

O Banco Central do Japão manteve inalteradas as taxas de juros e estendeu medidas destinadas a ajudar empresas afetadas pela pandemia do novo coronavírus.

Após concluir reunião de dois dias nesta sexta-feira, 18 de dezembro, o banco manteve sua taxa de depósitos em -0,1% e a meta de juros do bônus do governo japonês – conhecido como JGB – de 10 anos, em torno de zero.

A autoridade monetária nipônica também ampliou em seis meses o prazo de vigência de seu programa de empréstimos, criado para lidar com os efeitos da crise da covid-19, de março para setembro de 2021.

Através do programa, o Banco Central oferece crédito a juro zero a bancos comerciais para que os recursos sejam repassados a empresas que enfrentam dificuldades financeiras em meio à pandemia.

O prazo para compras de commercial papers e bônus corporativos foi igualmente estendido em seis meses, até setembro de 2021.

O Banco Central japonês comunicou que irá destinar 15 trilhões de ienes – o equivalente a US$ 145 bilhões – para as compras adicionais desses papéis. Considerando-se limites anteriores de aquisição, o Banco Central poderá deter até 20 trilhões de ienes em ativos do tipo.

Já a meta para compras de fundos de índices referenciados em ações (ETFs, na sigla em inglês) foi mantida em 12 trilhões de ienes anuais.

O presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, disse em entrevista coletiva que a instituição conduzirá um ajuste na política, mas sem alterar os juros negativos ou a meta de inflação em 2% e sem qualquer pretensão de apertar a política monetária.

Em comunicado, o Banco do Japão informou que pretende rever sua política monetária e divulgar sua avaliação em março. Ressaltou, porém, que não vê necessidade de mudar a estrutura de controle da curva de juros, pela qual a instituição busca manter o rendimento do JGB de 10 anos em zero. Para a autoridade monetária, a atual estrutura “tem funcionado bem”.

Bolsas caem após decisão do Banco do Japão

Os mercados asiáticos fecharam na sua maioria em queda nesta sexta-feira, após a decisão de política monetária do Banco do Japão. 

Também pesou o noticiário das tensões entre Estados Unidos e China, após Washington restringir negócios com empresas chinesas, entre elas a fabricante de microchips SMIC.

No Japão, a Bolsa de Tóquio terminou com baixa de 0,16%, em 26,7 mil pontos. 

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,29%, aos 3,4 mil pontos. Os papéis foram penalizados especialmente pelo novo capítulo da investida americana contra o setor de tecnologia do país asiático. A Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,31%, para 2,4 mil pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou em queda de 0,67%, aos 26,5 mil pontos. A fabricante de microchips chinesa SMIC teve baixa de 5,2% nas suas ações.

(Agência Estado)

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