7 tendências de marketing em tempos de pandemia

Ao longo da história, os momentos de crise aceleraram grandes inovações que mudaram a história da humanidade. A pandemia de 1918 popularizou o telefone, assim como a Guerra Fria transformou a televisão em um eletrodoméstico onipresente, levando a Guerra do Vietnã a ficar conhecida como a “primeira guerra televisionada”.

Mais recentemente, questões como a mudança climática e a igualdade de gêneros ganharam o centro dos debates. Com a pandemia, o mundo se depara com uma mistura de incertezas onde todos buscam respostas. Todos foram forçados a buscar novas maneiras de socializar em um mundo onde o distanciamento social rapidamente virou norma.

O mundo do trabalho foi redesenhado para que as pessoas pudessem cumprir suas obrigações à distância, com segurança e produtividade. Fazer compras, jantar fora, estudar ou consultar um médico, tudo mudou. E, quase em paralelo, com um acerto de contas, o debate sobre o racismo estrutural veio à tona, forçando todos a reavaliar e refletir sobre os próprios valores e o que significa ser humano.

De pessoas e empresas a governos, todos precisavam encontrar novas maneiras de navegar neste novo mundo. E como saber quais as tendências de marketing global em um momento em que o mundo continua a mudar de maneira imprevisível?

Tendências Globais

Para buscar respostas, a consultoria global Deloitte produziu o informe Deloitte Insights ‘2021: Tendências Globais de Marketing’. O trabalho tem por base duas pesquisas: uma com mais de 400 dirigentes de empresas globais dos Estados Unidos e outra com 2.500 consumidores adultos dos Estados Unidos, Reino Unido, México, China, África do Sul, Catar, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

Os executivos foram consultados sobre que resultados que esperavam alcançar no enfrentamento da pandemia, a maioria destacou a melhoria da eficiência e garantia de produtividade, ao invés de iniciativas mais humanas como fortalecer o engajamento dos clientes, reter talentos ou aumentar a relevância da empresa na sociedade.

Em momentos de estresse elevado e certezas reduzidas, quase ninguém pensa em aumentar receitas ou a produção, o que é compreensível. Mas, na entrevista com consumidores ficou claro que, à medida que os tempos ficam mais difíceis, eles esperam muito mais das suas marcas preferidas.

Ficou claro no estudo que confiança e lealdade às marcas estão cada vez mais entrelaçadas, e que os consumidores esperam que as empresas possam mudar rapidamente nesses tempos difíceis.

Um dos pontos que mais chama a atenção é a perda de confiança dos executivos em relação ao futuro diante das incertezas relacionadas à pandemia da Covid-19. Entre os CEOs, o nível de confiança que era de 55% no levantamento de 2019, caiu para 35% em 2020.

Os consumidores, por outro lado, demonstraram um sentimento relativamente positivo sobre a resposta das marcas ao cenário de pandemia. Quase quatro em cada cinco entrevistados foram capazes de citar exemplos de respostas positivas das marcas diante da crise. E um em cada cinco concordou com a resposta das empresas e demonstrou maior lealdade de sua parte em relação à marca.

Mais de 70% estão dando mais valor às soluções digitais que permitem a conexão com outras pessoas, e 63% dizem que estão mais confiantes nas tecnologias digitais do que estavam antes da pandemia.

Para ajudar as empresas a navegar no atual mar de incertezas, a Deloitte destaca sete tendências no seu informe ‘2021:

Tendências Globais de Marketing’:

• 1.            Propósito:

As marcas com mais vantagem competitiva serão aquelas que sabem para que existem e conhecem o seu público. “As empresas que sabem por que servem aos seus acionistas estão em uma posição única para navegar por mudanças sem precedentes”.

2.            Agilidade:

As marcas com mais chances de êxito serão aquelas capazes de maior agilidade nas mudanças de estratégia de vendas. A recessão causada pela pandemia não vai recompensar a redução da produção que deixe a criatividade e inovação em segundo plano.

3.            Conexões humanas:

Fazer conexões autênticas nesse momento é mais importante do que eficiência ou velocidade de comercialização. “A escolha é entre um voo mais barato ou mais seguro, ou comprar uma roupa com entrega mais rápida ou de um fornecedor com a cadeia de produção mais eticamente planejada.

4.            Confiança:

A confiança existe quando o que se promete é o que se entrega. As mensagens devem ser transparentes, e a entrega dessas mensagens deve ser consistente e confiável. Pense também em mudar o enfoque demográfico e de valores.

5.            Participação:

A participação do cliente em um nível mais profundo, para além de respostas passivas. Criar conteúdo relevante para a marca, como forma de gerar engajamento nas redes e relações sociais.

6.            Fusão:

Essa tendência identifica o poder as associações empresariais inovadoras.  Um dos exemplos é a associação entre a ExxonMobil e uma empresa de tecnologia mundial e marcas locais de manutenção de veículos para criar uma experiência de revisão automotiva habilitada digitalmente. Uma plataforma de dados permite enviar aos clientes  recomendações de manutenção e fazer reservas online para revisões. A ExxonMobil consegue com isso não apenas abastecer o mercado de combustíveis como também garantir que eles funcionem de maneira mais segura e eficaz.

7.            Transformação de talentos:

As equipes de vendas precisam desenvolver novos modelos de talento para poderem se diferenciarem em um cenário digital em rápida evolução. “As áreas de marketing devem estar atentas às funções que melhor reflitam sua vantagem competitiva. Tradicionalmente, estas funções incluem os responsáveis pela compreensão dos dados de mercado, criação de conteúdo dinâmico e canais de comunicação próprios.

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