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Arrecadação bate R$ 896 bilhões no 1º semestre, maior volume desde 2007

Volume semestral registrado após alta observada em junho é o maior desde o início da série histórica da Receita Federal

Notas de real enfileiradas, alusivo à arrecadação de impostos

Somente em junho, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 137,169 bilhões | Foto: Getty Images

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 137,169 bilhões em junho.

Com isso, no acumulado do primeiro semestre, o recolhimento somou R$ 896,877 bilhões, o maior volume para o período na série histórica da Receita Federal, iniciada em 2007.

O montante representa um avanço real de 24,49% na comparação com os primeiros seis meses do ano passado.

Na análise mensal, o resultado de R$ 137,1 bilhões representa um aumento real (descontada a inflação) de 46,77% na comparação com o mesmo mês de 2020.

Em relação a maio deste ano, houve queda real mensal de 3,98% na arrecadação de impostos.

O valor recolhido no mês passado foi o maior para meses de junho desde 2011, quando a arrecadação no sexto mês do ano foi de R$ 143,793 bilhões.

Variáveis sobre a arrecadação de impostos em junho

De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de junho decorre do comportamento das principais variáveis macroeconômicas no mês e do crescimento de 89,4% dos valores compensados de tributos.

Também influenciou o desempenho o crescimento da arrecadação das principais formas de apuração de IRPJ/CSLL, que resultaram em alta de 77% nos valores arrecadados.

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Adicionalmente, há ainda o diferimento de tributos em 2020 que respondem por uma redução na arrecadação daquele mês, frente a junho de 2021, de aproximadamente R$ 17,9 bilhões.

Por fim, outro fator foi a redução de alíquotas em 2020 do IOF Crédito.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 46,956 bilhões no primeiro semestre deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 45,607 bilhões.

Apenas em junho, as desonerações totalizaram R$ 7,083 bilhões, abaixo do registrado em igual mês do ano passado (R$ 8,394 bilhões).

A PEC Emergencial aprovada pelo Congresso Nacional no começo do ano incluiu um plano de redução gradual dos incentivos e benefícios de natureza tributária (subsídios, isenções e desonerações) para 2% do PIB em oito anos (o patamar atual é de aproximadamente 4,2% do PIB).

A equipe econômica pretende usar a reforma tributária do Imposto de Renda para cortar benefícios em troca de uma redução maior no IRPJ cobrado das empresas. (AE)

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