Quebra da safra de milho afeta os resultados da Rumo no 3º trimestre

Após reportar quedas de 70% no lucro (R$ 51 milhões) e de 4% na receita líquida (R$ 2 bilhões) no terceiro trimestre em relação a 2020, a Rumo (RAIL3) deve seguir com os resultados pressionados neste ano.

Em análise, o Banco Safra explica a projeção com base na quebra da safra do milho, ocasionada pela estiagem deste ano. Isso deve se estender até dezembro, afetando o balanço financeiro do último trimestre.

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Porém, a perspectiva para a empresa em 2022 segue positiva e, sendo assim, o banco manteve classificação de compra para os papéis RAIL3, com preço-alvo (potencial) de R$ 32,80.

A receita líquida do terceiro trimestre foi impulsionada principalmente pela queda de 6,7% (comparação anual) nos volumes transportados em sua malha ferroviária, para 16,3 bilhões de TKU (tonelada por quilômetro útil).

Por outro lado, o Safra pondera que a redução de volume da Rumo foi parcialmente compensada pelo maior volume de fertilizantes, combustíveis e contêineres movimentados em sua malha.

Além disso, houve efeito positivo do ramp up (crescimento) de sua nova concessão: a Rede Central respondeu por 1,2 bilhão de TKU do volume total expedido no período.

Como mencionado, o Safra enxerga um horizonte melhor para a Rumo no próximo ano, uma vez que a quebra da safra do milho já pressionou os produtores a anteciparem o plantio da soja.

Logo, haverá uma janela mais favorável para o cultivo e, consequentemente, beneficiará a safra de 2022, segundo consultorias agrícolas.

Por fim, o banco diz que a ação RAIL3 ainda tem potencial de alta e boa tese de investimento para o longo prazo.

Mais detalhes sobre o mais recente balanço da Rumo podem ser conferidos neste link.

Sobre a Rumo (RAIL3)

A Rumo é a empresa resultante da fusão entre Rumo Logística e ALL - América Latina Logística, concluída em 2016.

Oferece serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem.

A principal área de atuação se estende sobre os Estados de Mato Grosso, São Paulo e os Estados da região sul do Brasil.

Isso porque são nesses locais onde quatro dos portos mais ativos do País estão localizados (através dos quais a maior parte da produção de grãos do Brasil é exportada).