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Falta de peças de veículos afeta ações de transportadora

Na esteira da escassez mundial de componentes eletrônicos, empresa teve queda de 29% no lucro do 3º tri em relação a 2020

Caminhão da Tegma (TGMA3) em frente a galpão da empresa

No terceiro trimestre, a Tegma registrou queda de 30% no volume de veículos transportados | Foto: Divulgação

A escassez de semicondutores, essenciais à indústria automotiva, impactou os resultados da transportadora Tegma (TGMA3). O lucro líquido de R$ 21 milhões reportado no terceiro trimestre representa uma queda de 29% em relação ao mesmo período de 2020.

Ainda sem um cenário de curto prazo mais certo para o setor automotivo, o Banco Safra divulgou relatório revisando a classificação de “compra” para “neutra” sobre as ações TGMA3. O preço-alvo (potencial) é de R$ 33,20.

Sucessivas paradas na produção das fábricas pela falta de componentes eletrônicos têm afetado diretamente o embarque de veículos – um dos segmentos de atuação da companhia.

Nesse sentido, o Safra explica que a nova recomendação para os papéis da Tegma será mantida “até vermos sinais de recuperação de suas operações”.

Como resultado da conjuntura desafiadora, o faturamento da Tegma caiu 20% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

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Nesse ínterim, a maior contribuição negativa veio justamente da queda de 30% no volume de veículos transportados.

Além disso, o Ebitda ajustado da Tegma atingiu R$ 37 milhões, uma queda de 32% na comparação anual.

Segundo o Safra, este resultado também é explicado pelo forte aumento nas despesas de frete e pela menor diluição dos custos fixos.

Enquanto isso, o destaque positivo ficou por conta de uma melhora de 68% nas despesas financeiras líquidas.

Além disso, houve benefício de um crédito tributário não recorrente de R$ 13 milhões.

Sobre a Tegma (TGMA3)

A Tegma atua na logística de veículos prontos para praticamente todas as montadoras instaladas no país, assim como as principais importadoras.

A atuação da empresa envolve a coleta dos veículos na fábrica ou no porto, a gestão de pátios das montadoras, o armazenamento de veículos não faturados, serviços de acessorização e o transporte dos veículos até as concessionárias ou portos.

Todo esse processo é realizado com o know-how de 50 anos de atuação.

O controle é feito por meio de um robusto sistema tecnológico de rastreamento dos equipamentos de transporte em estradas e localização de por chassi em pátios de até 8 mil veículos.

Para as operações, a companhia utiliza em sua grande maioria ativos alugados e a contratação de terceiros.

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