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Reino Unido, Alemanha e Itália registram casos da variante ômicron

Na Holanda, 61 pessoas testaram positivo ao desembarcarem de voos vindos da África do Sul; países adotam restrições para evitar avanço da variante ômicron

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O número de internações por complicações da covid em Nova York aumentou no último mês para mais de 300 por dia | Foto: Getty Images

Governo do Reino Unido, Alemanha, Holanda e Itália entraram em estado de alerta com a descoberta dos primeiros casos da nova variante ômicron da covid surgidas no Continente.

Neste sábado, 27, o Reino Unido informou ter detectado dois casos de infecção pela nova variante em pessoas relacionadas com viagens para a África do Sul. A Alemanha confirmou dois casos e a Itália, um.

No Brasil, o governo prepara uma portaria para barrar a entrada de passageiros vindos de países do Sul da África, onde o vírus foi anunciado na última quinta-feira, 25

“A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA) confirmou que foram identificados dois casos de covid-19 com mutações compatíveis com a variante B.1.1.529”, disse o Departamento de Saúde britânico. em um comunicado, acrescentando que as pessoas infectadas e suas famílias ficarão isoladas.

“Os dois casos estão relacionados (entre si) e com uma viagem para o sul da África”, diz o comunicado. As autoridades de saúde destacaram que um deles foi detectado na cidade de Nottingham (centro) e a outra em Chelmsford (ao leste de Londres).

Para “enfrentar a evolução da situação”, o governo britânico decidiu endurecer a partir deste domingo as condições de entrada em seu território para as pessoas procedentes do Malawi, Moçambique, Zâmbia e Angola.

Os quatro países se unem à lista que já conta com África do Sul, Namíbia, Lesoto, Essuatíni (ou Suazilândia), Zimbábue e Botsuana, colocados na “lista vermelha” do governo na sexta-feira.

Todas as pessoas procedentes desses países estão proibidas de entrar no Reino Unido, exceto se forem cidadãos britânicos ou residentes. Os que “tiverem voltado desses países nos últimos 10 dias devem se isolar e fazer um teste PCR”.

O governo britânico registra um dos saldos de mortes por covid-19 mais graves do mundo, com mais de 140 mil pessoas, e registra atualmente um aumento dos casos, com cerca de 1 mil hospitalizações por dia.

Alemanha confirma um caso de contágio pela variante ômicron do coronavírus

Tentando conter o maior surto de infecções por covid-19 desde o início da pandemia, a Alemanha notificou o primeiro caso da variante Ômicron, inicialmente identificada no sul do continente africano, informaram autoridades regionais de saúde.

De acordo com o ministro para Assuntos Sociais da região de Hesse, no Oeste do país, mutações do coronavírus foram identificadas em um passageiro de um voo chegado da África do Sul.

A possível chegada da nova variante, considerada “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde, é mais um motivo de temor para as autoridades alemãs, que tentam controlar o maior número de infecções desde o começo da pandemia. Nesta semana, o país ultrapassou a marca dos 100 mil mortos e quebrou o recorde de novos casos diários, com 75.961 registrados na quinta-feira 25.

Holanda analisa 61 casos de contágio de covid oriundos da África do Sul

A Holanda anunciou neste sábado que está analisando se 61 pessoas procedentes da África do Sul que deram positivo para a covid-19 estão infectadas com a nova variante Ômicron.

Segundo as autoridades de saúde holandesas, os 61 passageiros que deram positivo viajaram em dois aviões procedentes da África do Sul, nos quais havia outros 531 passageiros que deram negativo. Por enquanto, estão em quarentena em um hotel nos arredores do aeroporto de Amsterdã. “Os resultados positivos serão examinados rapidamente para ver se estão relacionados com a nova e preocupante variante”, explicaram.

Na sexta-feira 26, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) afirmou que o risco de que a nova variante da covid-19 se espalhe pela Europa é “de alto a muito alto”.

Nova York decreta estado de emergência

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, decretou Estado de Emergência, neste sábado, 27, em meio à ameaça da disseminação da variante ômicron do coronavírus, identificada na África do Sul.

O estado americano ainda não detectou casos da cepa, mas vem registrando uma escalada no número de diagnósticos da covid-19. Segundo o decreto, o número de internações por complicações da doença aumentou no último mês para mais de 300 por dia. (AE)

“Continuamos a ver sinais de alerta de picos de covid neste inverno no Hemisfério Norte e, embora a nova variante ômicron ainda não tenha sido detectada no estado de Nova York, ela está chegando”, alertou a governadora, no Twitter.

O Estado de Emergência permite que recursos sejam transferidos mais rapidamente para o sistema hospitalar, ao mesmo tempo em que assegura a obtenção de suprimentos importantes para o combate ao vírus. “Exorto os nova-iorquinos a tirarem proveito de nossa maior arma nesta pandemia: a vacina”, escreveu Hochul.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), 90,3% dos adultos no Estado de Nova York receberam pelo menos uma dose do imunizante, o que representa 77,5% da população total.

Levantamento do jornal The New York Times mostra que a média móvel diária de casos de covid-19 no Estado somou 6.666 nas duas semanas encerradas na quinta-feira, um aumento de 37% em relação ao período anterior. (AE)

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