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América do Sul vira líder mundial na vacinação contra a covid-19

Dados da Universidade de Oxford mostram que o continente atingiu 62% da população totalmente imunizada, acima de europeus e norte-americanos

Mulher na América do Sul durante a vacinação contra a covid-19

Na metade deste ano, os países latinos eram responsáveis por um terço das mortes no mundo causadas pela doença. Hoje, o percentual é de 8% | Foto: Getty Images

Antes um dos epicentros de casos e mortes de covid-19 no mundo, a América do Sul se tornou agora líder em vacinação no mundo.

Conforme análise do Wall Street Journal, o continente chegou a marca de 62% da população totalmente vacinada com as duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

Os europeus vêm logo em seguida, com 60% de seus cidadãos imunizados. Depois, vem a América do Norte (58%) e a Ásia (54%).

Os dados são da plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

Da Oceania, apenas a Austrália, que tem a maior parte da população da região, é mencionada na reportagem por ter percentual melhor que continentes inteiros, tendo 76,3% de seus habitantes vacinados.

Já a África, cujos países enfrentam sérios problemas para avançar na imunização, não é citada.

Segundo a reportagem, não só a América do Sul, mas a América Latina como um todo, reverteu uma situação dramática com relação à crise sanitária e a vacinação contra a covid-19.

Na metade deste ano, os países latinos eram responsáveis por um terço das mortes no mundo causadas pela doença. A região abriga 8% da população mundial.

Porém, graças ao avanço das campanhas de imunização, as mortes caíram para 8% do total mundial.

Destaque do Brasil em vacinação na América do Sul

Adicionalmente, a matéria dá destaque ao Brasil, que tem quase 67% da população completamente imunizada e mais de 80% com ao menos uma dose no braço.

A publicação aponta que o país já avança na campanha pela dose de reforço.

Nesse sentido, cerca de 10% da população brasileira já recebeu a terceira dose ou a segunda, no caso de ter recebido a única da Janssen.

Assim como na América Latina como um todo, esse avanço no combate à pandemia se deve à cultura de vacinação precoce que existe nos países da região.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que crianças entre 5 a 11 anos de idade comecem a ser vacinadas contra a covid-19.

No entanto, o governo federal abriu consulta pública sobre o tema nesta semana para decidir se a faixa etária entrará na campanha.

Por outro lado, o Wall Street Journal relembra que as áreas rurais da América do Sul ainda sofrem com a falta do mesmo acesso às vacinas que os grandes centros têm.

Exemplificando, a reportagem cita novamente o Brasil, que tem o Estado de São Paulo com 78% de sua população vacinada, mas também vê os Estados do Amazonas e de Roraima com menos de 40% dos cidadãos imunizados.

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