Investidores buscam sinais sobre próximos passos do Federal Reserve

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no campo negativo antes de decisão de juros na parte da tarde e uma bateria de indicadores econômicos que serão divulgados, como dados da indústria e do mercado de trabalho nos EUA. Expectativa de mercado é de manutenção da taxa de juros inalterada, mas os investidores ficarão atentos aos sinais para os próximos passos do Banco Central americano. Dado da indústria na China anunciados na parte da noite mostraram contração.

No Brasil, o Ibovespa apresentou ontem alta de +0,54% no último pregão, cotado a 113.143,67 pontos. O ativo está em tendência de baixa no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 117.000 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 120.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 112.500. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

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O Dólar Futuro apresentou queda de -0,23% no último pregão, cotado a 5.055 pontos. O ativo testa uma resistência anterior e se encontra em tendência neutra no médio prazo e no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.885 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.810. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.070 e a segunda em 5.240.

Destaques no mercado doméstico:

Copom decide juros e expectativa do Safra é de um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. As atenções ficarão para as sinalizações do comunicado do Copom, que poderá dar pistas sobre os próximos passos. Acreditamos que o BC manterá o ritmo de cortes de 0,5pp. Dado de produção industrial de setembro será divulgado no início da manhã e deve mostrar expansão em setembro na comparação anual.

Commodities:

Petróleo apresenta queda (USD86,4-b; -1,14%)
Minério de ferro registra alta (USD123,8/t; +1,89%)

Empresas:

Itaú: Conselho do Itaú Unibanco aprovou a cisão total do Banco Itaú BBA e a incorporação das parcelas cindidas / O conselho também convocou AGE em 30 de novembro para discutir a operação
Cteep: Conselho da Eletrobras aprovou a contratação do Citi, Itaú BBA, Safra e XP para estruturar potencial oferta secundária de ações da Cteep
PetroRio: Receita no 3T cresce para US$ 835,3 mi, contra US$ 378,2 mi a/a / Resultado supera estimativas de consenso de mercado
Cemig: HSBC elevou a Cemig a compra e
Suzano: Ativa elevou a Suzano a compra

Agenda do Dia:

09:00 – Brasil – Produção Industrial/Setembro
09:15 – EUA – Variação de Empregos Privados/Outubro
10:00 – Brasil – PMI Manufatura/Outubro
10:45 – EUA – PMI Manufatura/Outubro
11:00 – EUA – ISM Manufatura/Outubro
15:00 – EUA – Decisão de Juros
18:30 – Brasil – Decisão de Juros

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 113.144 (+0,54%)
S&P: 4.194 (+0,65%)
Dólar Futuro: R$5,05 (-0,23%)

Atualizações Safra:

RaiaDrogasil – Resultados do 3T23: Resultado praticamente em linha com nossa estimativa, mas melhora no fluxo de caixa operacional é destaque positivo

A RaiaDrogasil reportou resultados trimestrais sólidos, praticamente em linha com a nossa estimativa, com lucro líquido de R$ 268 milhões, um aumento de 33% e apenas 2% acima da nossa estimativa. Porém, o destaque positivo do trimestre, principalmente após um 2T23 exigente em termos de caixa, foi o aumento de 55% A/a no fluxo de caixa operacional. A receita líquida de R$ 9,3 bilhões cresceu 16% A/A (1% abaixo de nossa estimativa), à medida que a produtividade das lojas continuou a melhorar, enquanto o EBITDA ajustado aumentou 20%, com uma melhoria de 24bps na margem A/A, como resultado da alavancagem operacional.

Carrefour – Resultados do 3T22: EBITDA supera expectativas impulsionado por custos menores que o esperado

O Carrefour já havia divulgado seu desempenho de vendas no 3T23, e agora apresentou um EBITDA ajustado melhor que o esperado, já que os custos ficaram abaixo do previsto anteriormente, em R$ 1,4 bilhão, queda de 17% A/A, mas 4% acima da nossa estimativa. A CRFB registrou lucro líquido de R$ 132 milhões, queda de 59% A/A e comparado à nossa estimativa de prejuízo de R$ 56 milhões, devido a despesas financeiras menores que o esperado (principalmente relacionadas a uma reversão de provisão de R$ 155 milhões) e imposto de renda. Outro destaque positivo do trimestre foi a melhora no capital de giro, com redução de 9 dias A/a.

Telefônica Brasil: Resultados do 3T23 – Mais um trimestre positivo

A Telefônica Brasil reportou resultados positivos, acima de nossas estimativas e consenso. O principal impulsionador continua a ser o desempenho do segmento móvel, impulsionado por ajustes de preços, aumento de vendas da sua própria base de clientes. A margem EBITDA também foi destaque no trimestre, atingindo 42,2%, 180bps acima de nós e 150bps acima do consenso, principalmente devido ao efeito de R$ 175 milhões do acordo de preço pós-fechamento com a Oi. Ajustando esse efeito, as margens teriam sido de 40,9%, ainda acima da nossa estimativa.

Cielo: Resultados do 3T23 – Eficiência de custos leva trimestre em linha

Visão do Safra: Neutra para as ações. Os resultados do terceiro trimestre indicam tendências mistas: Receitas mais lentas na Cielo Brasil devido ao fraco TPV de crédito e menor rendimento, contrastando com sólidos ganhos de eficiência de custos relacionados ao POS. Embora ambos tenham sido de alguma forma antecipados publicamente, acreditamos que a magnitude deste último foi um ponto positivo, especialmente considerando que deverá representar um novo nível recorrente no futuro. No resultado financeiro, destacamos também uma queda em nossas estimativas nas receitas de pré-pagamento, com nova divulgação da taxa média cobrada sobre ARV de 132% do CDI vs. custo de captação externa de 113%. Comparados a uma operação financiada por depósitos, os custos de captação da Cielo parecem elevados e, em nossa opinião, carregam o potencial de reduzir a duração da dívida e, assim, desbloquear melhores margens. Reiteramos nossa classificação Neutra.

CCR: Resultados do 3T23 – Bom desempenho no 3T23, conforme esperado

A CCR divulgou bons resultados no 3T23, em linha com nossas estimativas. Os bons números de tráfego em todas as suas divisões, aliados a tarifas saudáveis e uma gestão eficiente de custos, resultaram num aumento de 12% A/a no EBITDA da empresa, o que, aliado a um tímido aumento nas suas despesas financeiras (+5,5% A/a), levou a um lucro líquido de R$ 502 milhões, +45% A/a e em linha com nossa estimativa.

Auren: Resultados do 3T23 – EBITDA comparável abaixo no braço de trading; lucros prejudicados por impostos não recorrentes

O EBITDA reportado de R$ 350 milhões (-30,4% A/a) ficou 21,1% abaixo da nossa estimativa e 17,2% abaixo do consenso. O EBITDA reportado foi afetado por itens não recorrentes: (i) -R$ 13 milhões de reversões de provisões; e (ii) -R$ 26 milhões provenientes de posições de energia marcadas a mercado. O EBITDA comparável de R$ 388 milhões (+32,1% A/a), excluindo dividendos de subsidiárias não consolidadas, ficou 12,5% abaixo da nossa estimativa e 8,2% abaixo do consenso. O prejuízo líquido reportado de R$ 838 milhões ficou muito abaixo das nossas estimativas e do consenso, principalmente devido ao reconhecimento de tributação sobre ganhos com a indenização relacionada à UHE Três Irmãos, de R$ 912 milhões.

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