Fed indica corte mais forte que o esperado em 2024 e Ibovespa salta 2,42%

Decisão de juros pelo Fomc foi destaque do pregão ontem. O Banco Central americano manteve a taxa de juros inalterada, como o esperado, mas indicou corte de 75 pontos porcentuais na taxa de juros em 2024, corte mais forte do que o mercado esperava. Seu comunicado veio mais alinhado com o Livro Bege, mencionando atividade e inflação desacelerando, mas ainda elevada.

As projeções de PCE core vieram abaixo do esperado pelo mercado e isso também contribuiu para a onda de bom humor ontem. A agenda de indicadores do dia é carregada, pela manhã será divulgada decisão de juros pelo BCE, vendas no varejo e índice de preços de importados nos EUA e dados de produção industrial e vendas no varejo na China na parte da noite.

Ontem o Ibovespa apresentou alta de +2,42% no último pregão, cotado a 129.465,08 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 130.900 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 133.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 128.300 O próximo fica na faixa de 125.000 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -1,02% no último pregão, cotado a 4.918,00 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.830 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.720. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.970 e a segunda em 5.090.

Doméstico:

Copom realizou corte na Selic em 0,5pp, que atingiu 11,75%, dentro das expectativas do mercado. Em seu comunicado disse que o cenário externo está menos adverso com arrefecimento das taxas de juros de prazos mais longos, mas manteve a menção a riscos altistas de inflação global e de serviços por aqui, indicando a manutenção do ritmo de cortes de 0,5pp nos juros para as próximas reuniões. Agenda do dia conta com dados de vendas no varejo de outubro, que devem mostrar crescimento de 1,8% a/a.

Commodities:

Petróleo apresenta alta com otimismo sobre juros e queda dos estoques nos EUA (USD75,7/b;+1,94%)
Minério de ferro registrou alta (USD134,3/t; +0,52%)

Empresas:

Vivara: Cia prevê abertura de 70 a 80 lojas em 2024
Fleury: William O’Neil reiniciou cobertura de Fleury como compra
Tim Brasil: Itaú BBA reiniciou cobertura de Tim Brasil como outperform
Vivara: BTG Pactual iniciou cobertura de Vivara como compra,
Hypera: XP Investimentos rebaixou Hypera e Blau Farmacêutica a neutra
Rede D’or: Cia aprovou distribuição de JCP equivalente a R$ 0,1846 por ação, com pagamento em 28/12; ex em 19/12
Dexco: Cia aprovou a distribuição de JCP equivalente a R$ 0,2153 por ação, com pagamento até 31/12/24; ex em 20/12/23
Banco do Brasil: bradesco rebaixou recomendação de compra para neutra
Itaúsa: Cia aprovou a distribuição de JCP equivalente a R$ 0,0794 por ação, com pagamento até 30/12/24

Agenda do Dia:

09:00 – Brasil – Vendas no varejo/Outubro
10:15 – Zona do Euro – Decisão de juros
10:30 – EUA – Vendas no varejo/Novembro
10:30 – EUA – Índice de preços de importados/Novembro
23:00 – China – Produção industrial e vendas no varejo/Novembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 129.465 (+2,42%)
S&P: 4.707 (+1,37%)
Dólar Futuro: R$4,92 (-1,02%)

Atualizações Safra:

Utilidades básicas: prévia do leilão de transmissão 02/2023 – Grande leilão pela frente

Grande leilão de transmissão à frente. Apresentamos nossa visão preliminar para o próximo leilão de transmissão que acontecerá no dia 15 de dezembro. O leilão de transmissão 02/2023 oferecerá 3 blocos em 5 estados, com Receita Anual Permitida (ARR) total de R$ 3,9 bilhões e investimento total estimado de R$ 21,7 bilhões (implicando uma relação ARR/capex de 17,7%, portanto atrativo a nosso ver). O prazo para operação comercial varia de 60 a 72 meses para concessões de 30 anos (a partir de 3 de abril de 2024).
Nossa opinião: Grandes investimentos e tecnologia específica poderiam limitar o número de participantes. Embora este seja um dos maiores leilões já realizados no Brasil em termos de investimentos, esperamos que um número limitado de participantes possa participar, principalmente devido ao grande investimento envolvido, potenciais limites na alavancagem financeira dos projetos e logística /desafios operacionais relacionados à tecnologia adotada (HVDC). Além disso, embora a relação AAR/capex de 17,7% seja superior à das ações recentes, acreditamos que o grande montante de capex envolvido poderá implicar limitações ao financiamento (encontrar dívida disponível a custos competitivos), limitando assim a concorrência. Das empresas sob nosso universo de cobertura, acreditamos que a Eletrobras seria o concorrente mais provável devido ao seu poder de fogo atual, experiência na operação de linhas de transmissão de alta tensão e potencial futuro de geração de caixa. Dito isto, outros jogadores também poderiam participar.

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