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Anfavea revisa para baixo estimativas de produção e vendas para 2022

Segundo os novos dados, a produção de veículos deve crescer 4,1% e alcançar 2,34 milhões de unidades e o mercado chegará a 2,14 milhões, alta de 1%

Produção de veículos

O desempenho ruim no primeiro trimestre, com a crise de semicondutores, levou a Anfavea a revisar as estimativas deste ano | Foto: Getty Images

O desempenho ruim no primeiro trimestre levou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) a revisar as estimativas para o setor automotivo para este ano.

Segundo os novos dados, a produção de veículos deve crescer 4,1% e alcançar 2,34 milhões de unidades. Na estimativa anterior, o volume previsto era de 2,46 milhões de veículos.

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Para vendas internas, espera-se chegar a 2,14 milhões de veículos, crescimento de 1%. Na estimativa anterior, o mercado chegaria a 2,3 milhões de unidades.

Já a nova expectativa para exportação é de 460 ml unidades embarcadas até o fim do ano, alta de 22,2% na comparação com 2021.Na estimativa de janeiro, a Anfavea informava que as vendas externas poderiam chegar a 390 mil veículos.

“A crise global dos semicondutores está se prolongando mais do que esperávamos em janeiro, em função de novos fatores como a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China causados pela nova onda de covid, que afetam o fornecimento de insumos e a logística global”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

No primeiro semestre, foram produzidos 1.092 mil autoveículos, queda de 5% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Em junho, a produção chegou a 203,6 mil unidades, superando a marca de 200 mil pela segunda vez no ano.

“O primeiro trimestre foi bastante severo para a indústria com a crise dos semicondutores e isso afetou muito a produção”, afirmou Leite.

A falta de oferta teve reflexo direto no recuo dos licenciamentos. Em junho eles totalizaram 178,1 mil unidades, queda de 4,8% em relação a maio e de 2,4% sobre junho de 2021. Descontado o feriado prolongado de Corpus Christi, a média mensal de vendas se manteve em 8,5 mil unidades, mesmo valor de maio.

No acumulado do ano, a redução foi de 14,5%. “Infelizmente esse é um fenômeno global, com números de queda muito semelhantes aos dos principais mercados do planeta”, afirmou Leite.

A exportação, segundo dados da Anfavea, aconteceu um aumento dos envios a países como Colômbia, Chile, Peru, México e Uruguai, e chegou a 246 mil unidades exportadas no primeiro semestre, sendo 47,3 mil em junho, melhor resultado mensal desde agosto de 2018. O crescimento sobre o primeiro semestre de 2021 chegou a 23%. Em valores exportados, a alta já é de 33,7%, em função dos embarques de autoveículos de maior valor agregado.

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