Arrecadação federal em setembro soma R$ 166 bi, recorde para o mês
O resultado representa um aumento real de 4,07% em relação ao mesmo período do ano passado; ante agosto houve queda real de 3,22%
25/10/2022A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 166,287 bilhões em setembro, novo recorde para o mês, de acordo com a Receita Federal. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 4,07% na comparação com setembro do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 149,102 bilhões.
O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de setembro da série histórica, que teve início em 1995. Em relação a agosto deste ano, porém, houve queda real de 3,22% na arrecadação.
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O resultado das receitas veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 162,0 bilhões a R$ 180,0 bilhões, e um pouco abaixo da mediana de R$ 168,0 bilhões.
O Fisco apontou o crescimento real de 9,85% na arrecadação do IRPJ/CSLL na comparação com o mesmo mês do ano passado, com destaque para a estimativa mensal, com alta de 13,28%. Também houve um avanço real de 86,41% na arrecadação do IRRF – Capital em razão da apreciação da Selic, influenciando nos recolhimentos dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.
Por outro lado, as reduções de alíquotas do IPI, além do PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis, diminuíram o recolhimento nessas fontes.
As desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 102,95 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, valor bem maior do que em igual período de 2021, quando ficaram em R$ 71,77 bilhões. Apenas no mês passado, as desonerações totalizaram R$ 11,81 bilhões, mais que o dobro do registrado em setembro do ano passado (R$ 5,66 bilhões).
No acumulado do ano até setembro, a arrecadação federal somou R$ 1,63 trilhão, também o maior volume para o período da série histórica. O montante ainda representa um avanço real de 9,52% na comparação com os nove meses de 2021. (AE)