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Ata do Fed reforça a necessidade de juros altos por prazo prolongado

Dirigentes do Fed reforçam que a forte alta dos juros dos Treasuries de longo prazo teria efeito de um aumento adicional de juros, eliminando a necessidade de mais aperto em novembro

Ata do Fed

Dirigentes ponderam que ainda é preciso ver mais indicativos para confirmar que as pressões estão desacelerando na inflação | Foto: Getty images

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) observaram que dados dos Estados Unidos mostraram uma maior resiliência econômica que o esperado, e que o Produto Interno Bruto (PIB) está se expandindo em ritmo sólido e de forma mais resistente do que o previsto. A afirmação consta da ata do mais recente encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada nesta quarta-feira, 11.

Segundo documento, é necessário um período “prolongado” do PIB abaixo da tendência para conseguir levar a inflação à meta. Ainda, diversos dirigentes apontaram para uma desaceleração nas condições para as empresas, mas destacaram que o ritmo futuro da economia americana ainda é altamente incerto. Nos últimos dias, declarações de dirigentes do Fed reforçaram a análise de que a forte alta dos juros dos Treasuries de longo prazo teria efeito de um aumento adicional de juros, o que dispensaria a necessidade de maior aperto no momento.

Saiba mais

Os dados recentes da economia norte-americana sugerem que a inflação está desacelerando nos Estados Unidos, mas que continua bem acima da meta e é preciso concentrar esforços para contê-la, afirma a ata da última reunião do Fomc.

De acordo com o documento, a maioria dos dirigentes pondera que ainda é preciso ver mais indicativos para confirmar que as pressões estão desacelerando na inflação, porque ainda há riscos de nova alta.

Os salários nominais no país ainda subiam a níveis superiores aos adequados para reduzir a inflação à meta de 2%, dizem, e as expectativas seguem ancoradas no longo prazo.

A ata afirma que os mais recentes relatórios de geração de empregos, os chamados payrolls, indicam um mercado de trabalho ainda forte e apertado, mas em desaceleração nos últimos meses, com oferta e demanda se equilibrando.

Cresce chance de o Fed manter os juros em novembro

A chance de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manter juros na reunião do mês que vem superou 90% no período da tarde desta quarta-feira, 11, conforme precifica a curva futura apontada pelo monitoramento do CME Group. O movimento consolida aposta por uma postura menos agressiva da autoridade monetária, após sinalizações de dirigentes.

Pouco antes das 13 horas (de Brasília), a ferramenta mostrava 91,4% de probabilidade de a taxa básica permanecer entre 5,25% e 5,50% em novembro, comparado com 86,8% ontem. Na contramão, o risco de haver uma elevação de 25 pontos-base recuou de 13,2% para 8,6% na mesma base comparativa.

Nos últimos dias, vários integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) sugeriram que a escalada dos rendimentos dos Treasuries no último mês reduz a urgência de mais aperto monetário à frente.

A ata referente à mais recente reunião do Fed, que será divulgada nesta tarde, deve fornecer indicativos sobre as perspectivas. (AE)

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