Aumento do preço e falta de peças reduzem financiamento de veículos

O volume de vendas de veículos via financiamento alcançou 407 mil unidades em fevereiro, número 11% menor do que o registrado no mesmo mês de 2021. Sobre janeiro deste ano, houve aumento de 2%.

Há um ano, os brasileiros financiaram ao todo 458 mil unidades. Os dados consideram automóveis leves e pesados e motociclistas. As informações foram divulgadas pela B3 (B3SA3), a bolsa de valores brasileira, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG).

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O SNG é uma base privada que reúne os cadastros das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito no Brasil.

No acumulado do ano de 2022, as vendas financiadas de veículos somam 806 mil unidades, queda de 11,2% em relação ao ano de 2021, o que equivale a 102 mil unidades financiadas a menos.

Conforme a B3, os veículos usados continuam a liderar o financiamento entre os cidadãos, sendo responsáveis por 297 mil unidades computadas em fevereiro.

Porém, na comparação anual, os usados também tiveram contração nas vendas, de 14,6%. O financiamento de veículos leves novos teve queda de 37,6%.

Financiamento de veículos por categoria

Os autos leves foram os responsáveis pela queda geral das vendas financiadas. O segmento registrou recuo de 19,4%, com 75 mil unidades a menos do que em fevereiro do ano passado.

Os veículos pesados, por sua vez, tiveram leve queda de 2% nas vendas a crédito em comparação ao ano anterior. Ante janeiro de 2022, o aumento foi de 16,3%.

Do lado positivo, as motos foram destaque, registrando aumento de 53,6% perante o ano anterior.

Foram financiadas 72 mil unidades ao longo do mês, sendo que as motos usadas tiveram aumento de 17,6%, e os financiamentos de motos novas cresceram 80%.

“Nos últimos meses, tivemos altas consecutivas nos números de financiamentos de motos. Já as vendas a crédito de autos leves seguem em declínio, principalmente, devido ao impacto causado pela queda na produção, que ainda afeta a disponibilidade de veículos novos para venda, mas também pelo aumento do preço dos veículos usados”, comenta Tatiana Masumoto Costa, superintendente de Planejamento da B3.