BCE planeja aumento de 0,25 ponto percentual nos juros em julho
Presidente da autoridade monetária europeia confirma alta para a próxima reunião e um novo aumento de igual ou maior proporção em setembro
20/06/2022
Além de setembro, Christine Lagarde adiantou que um caminho “gradual”, mas “sustentado”, de novos aumentos nas taxas de juros será apropriado | Foto: Getty Images
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta segunda-feira, 20, que a instituição pretende aumentar a taxa básica de juros em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) em julho.
A reunião que definirá de fato o aumento está marcada para o dia 21. A elevação foi antecipada no comunicado da última reunião do BCE, em 9 de junho, mas o patamar pretendido ainda não era conhecido.
Saiba mais
- Banco Central dos EUA anuncia maior alta de juros desde 1994
- Invista com segurança e baixo valor de aplicação
- Como operar na bolsa de valores com a segurança da Safra Corretora
Já em setembro, a banqueira central destacou que pretende elevar a taxas novamente, sendo que pode ser apropriado um aperto maior.
Além de setembro, Lagarde adiantou que um caminho “gradual”, mas “sustentado”, de novos aumentos nas taxas de juros será apropriado.
“O atual ambiente de inflação – com números bem acima da nossa meta – é claramente um desafio”, afirmou, durante discurso no Parlamento Europeu.
“Em linha com nosso compromisso com a meta de médio prazo de 2%, o ritmo em que ajustamos nossa política monetária dependerá dos dados recebidos e de como avaliamos a evolução da inflação no médio prazo”, completou.
Aperto monetário pelo mundo
A decisão do BCE de elevar as taxas de juros está em linha com a tendência dos bancos centrais pelo mundo, que buscam o controle da inflação.
Na última quarta-feira, 15, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) realizou o maior aumento na taxa de juros desde 1994, de 0,75 ponto percentual (75 pontos-base), para o intervalo de 1,50% e 1,75%.
No mesmo dia, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seguiu o mesmo caminho e promoveu a 11ª alta seguida na taxa Selic.
O aumento, porém, foi de 0,50 ponto percentual (50 pontos-base), o que levou a taxa para o patamar de 13,25% ao ano.
Por fim, outros bancos centrais relevantes como o de Suíça e Inglaterra também apertaram a política monetária. No caos da Suíça, os juros subiram pela primeira vez em 15 anos. (Com AE)
Leia também
