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Bolsa sobe 1,01% na semana, ainda afetada pelo cenário interno

Banco do Brasil, Magazine Luiza, Petrobras e 3R Petroleum se destacaram entre as maiores altas na semana em que a Americanas perdeu 70% do seu valor

mercado financeiro

Bolsa subiu mesmo com todos os contratempos na política econômica no Brasil | Foto: Getty Images

A Bolsa ainda sofreu com os movimentos do governo e os desdobramentos do escândalo contábil da Americanas nesta semana. Mesmo assim, o Ibovespa fechou em alta de 1,01%, aos 112.040 pontos.

O cenário interno influenciou o desempenho do Ibovespa. Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista e criticou a autonomia do Banco Central (BC) considerada por ele por “bobagem” e as metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Para ele, a inflação fixada em 3,5% para este ano pode provocar um arrocho na economia, o que impede o crescimento do país. O mercado ficou em polvorosa e abriu na quinta-feira com o dólar disparando.

Durante a tarde, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que não há nenhuma pré-disposição do governo de fazer qualquer mudança na instituição. A fala agradou e tranquilizou investidores.

No cenário externo, as atenções dos investidores se voltaram para os Estados Unidos, com a recessão que se aproxima.

Entre as maiores altas, o destaque ficou com o Banco do Brasil, que subiu 12,79%. Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, BB teve a manutenção do payout em 40%, o que foi bem recebido pelo mercado.

“Em um momento em que havia um receio de que a companhia poderia reduzir as distribuições de dividendos”, afirmou Pinheiro.

Magazine Luiza também apresentou alta na semana e se beneficiou do tombo da Americanas. A companhia ganhou 11.37%. “Magazine Luiza subiu absorvendo parte do fluxo para ao setor e também com a leitura de que ela poderá se beneficiar do enfraquecimento da Americanas”, disse, Pinheiro.

Já Petrobras e 3R Petroleum avançaram em função da alta do petróleo. O barril do Brent, referência mundial, acumulou ganhos de 2,76% na semana. A estatal subiu 7,33% (PETR4) e a petroleira 10,38%. Completou a lista dos melhores desempenhos a CSN, que evoluiu 6,04%.

No lado negativo, a Americanas, que não fará mais parte dos índices da B3, em função do processo de recuperação judicial, foi a campeão. A companhia derreteu mais de 70%.

Qualicorp fechou em queda de 11.33% e, segundo Pinheiro, em função da perspectiva de resultados ruins. “A visão do mercado é de que ela deve continuar com dificuldade para crescer”, ressaltou.

Completam o ranking de maiores quedas do Ibovespa, a CVC, que perdeu, 9,35%, a Meliuz, com baixa de 6,25% e BRK, que se desvalorizou 8,21%.

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