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Brasil perde Jô Soares, criador de centenas de personagens marcantes da TV

Jô Soares fez grande sucesso com o programa Viva o Gordo, que lançou personagens lendários do humorismo na TV brasileira

Jô Soares

Jô Soares estava internado desde o dia 28 de julho no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo | Foto: Estadão

O apresentador, escritor, diretor e um dos maiores humoristas da história do Brasil Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 84 anos. Jô Soares fez grande sucesso com o programa Viva o Gordo, que lançou personagens lendários, alguns deles atuais mesmo hoje. Com maquiagem e figurino a caráter, Jô fez barulho como o Capitão Gay e Norminha, entre outros. Também destacou-se como apresentador, diretor, redator e escritor.

Jô Soares estava internado desde o dia 28 de julho no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A informação foi confirmada nas redes sociais pela ex-mulher de Jô, Flavia Pedras, que foi casada com o apresentador durante 15 anos, e a causa da morte não foi revelada.

Segundo Flávia, a despedida será reservada a amigos e familiares. O local do enterro e do velório não foram divulgados.
Na publicação, a ex-mulher do apresentador fez uma singela homenagem.

“Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem”, escreveu no post.

Nascido José Eugênio Soares em 16 de janeiro de 1938, Jô Soares estudou em Lausanne, na Suíça. Pensava em ser diplomata e aprendeu várias línguas, o que lhe deu sólida formação cultural e intelectual. Viu televisão pela primeira vez em 1952, nos Estados Unidos, e começou a trabalhar no veículo seis anos depois, aos 20, escrevendo e atuando nas peças policiais de TV Mistério, programa da TV Rio protagonizado por Paulo Autran, Tônia Carrero e Adolfo Celi.

Em 1987, Jô ganhou um talk show no SBT, com o redator Max Nunes. Em 2000, voltou para a Globo, com o mesmo talk show. Junto, levou seu quinteto, que anos depois se tornaria sexteto, os diretores Diléa Frate e Willen Van Verelt, e, de novo, Max Nunes, amigo que perdeu em 2014.

Escritor, escreveu livros como O Astronauta Sem Regine, O Xangô de Baker Street!, que virou filme, O Homem que Matou Getúlio Vargas e Assassinato na Academia Brasileira de Letras. Esteve em clássicos do cinema como “O Homem do Sputnik (!959), de Carlos Manga, ao lado de Norma Bengel.

Jô foi casado com Teresa Austregésilo, apresentadora da TV Tupi, com Flavinha, que viria a se tornar sua melhor amiga, e namorou as atrizes Cláudia Raia e Mika Lins. Deixa um filho.

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