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Braskem tem momento de recuperação e potencial atrativo para dividendos

Companhia petroquímica com presença global, a Braskem (BRKM5) tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 78

Braskem

Crescimento das vendas domésticas não foi suficiente para compensar a queda nas exportações | Foto: Getty Images

A Braskem (BRKM5) divulgou os números operacionais do primeiro trimestre, com queda de 4% nos volumes no trimestre no mercado brasileiro, uma vez que o crescimento das vendas domésticas não foi suficiente para compensar a queda nas exportações.

Os volumes no México continuaram mostrando uma boa recuperação (+15% QoQ) auxiliado pela venda de estoque, enquanto o fim das paradas de manutenção levou a um crescimento sequencial de 9% nos EUA e Europa.

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Como resultado, os volumes totais ficaram estáveis no trimestre. Comparando com a estimativa do Banco Safra, os volumes do Brasil ficaram em linha, uma vez que o volume de resinas abaixo do esperado compensou os principais embarques de produtos químicos acima do previsto, enquanto os EUA e Europa ficaram abaixo do esperado e o México acima da previsão.

A combinação de volumes estáveis e spreads petroquímicos menores esperados (ainda que acima da média) devem levar a resultados sequencialmente menores, mas ainda superiores aos números históricos, dando o tom do ano.

Impulsionado pela maior demanda por reposição de estoques na indústria, os embarques domésticos de resina atingiram 885 mil toneladas (+2% QoQ). Por outro lado, as exportações caíram para 215 mil toneladas (-16% QoQ), principalmente devido a restrições logísticas e priorização do mercado local.

Para os principais produtos químicos, as vendas domésticas subiram para 815 mil toneladas (+2% QoQ), lideradas por maiores vendas de paraxileno no trimestre. As exportações caíram acentuadamente para 69 mil toneladas (-47% QoQ), também devido à estratégia de priorização do mercado doméstico.

As vendas de PP aumentaram 9% no trimestre como resultado da maior disponibilidade de produtos devido às maiores taxas de utilização (88% vs. 73% no 4T21 nos EUA e 89% vs. 84% na Europa).

O aumento da produção reflete a normalização da produção após manutenções programadas de uma planta nos EUA e de um fornecedor na Europa.

As vendas de PE no México cresceram 15% em base trimestral, atingindo 219 mil toneladas. Apesar da utilização da planta praticamente em linha com o 4T21 (80% vs. 81%), os volumes foram auxiliados pela venda de estoque durante o trimestre.

Vale a pena investir em BRKM5?

  • Potencial de distribuição de dividendos atrativo;
  • Negócios baseados nos EUA;
  • Valuation atraente de BRKM5 em comparação com seus pares;
  • Associação da Braskem com o Grupo Idesa, uma das principais petroquímicas mexicanas.

Quais os riscos ao investir em BRKM5?

  • Retração mais rápida do que o esperado dos spreads petroquímicos;
  • Despesas adicionais com o evento geológico em Alagoas, que podem diminuir a distribuição de caixa para os acionistas e impactar negativamente o valor de mercado;
  • Grande oferta de ações dos principais acionistas da empresa; e
  • Problemas operacionais nas fábricas que podem afetar negativamente os níveis de produção.

Sobre a Braskem (BRKM5)

A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas nas Américas e a maior produtora de polipropileno nos Estados Unidos.

Sua produção é focada nas resinas polietileno (PE), polipropileno (PP) e policloreto de vinila (PVC), além de insumos químicos básicos como eteno, propeno, butadieno, benzeno, tolueno, cloro, soda, solventes, entre outros.

Juntos, a BRKM5 compõe um dos portfólios mais completos do mercado ao incluir também o polietileno verde, produzido a partir da cana-de-açúcar, de origem 100% renovável.

Listada na B3, as ações da Braskem são negociadas sob o código BRKM5.

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