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Bruno Covas morre em SP, em decorrência de câncer

Prefeito licenciado da capital paulista tinha 41 anos. Ele foi intubado na sexta, 14. Ricardo Nunes segue na prefeitura

Bruno Covas

Bruno Covas, como candidato, em novembro de 2020: câncer foi descoberto em outubro de 2019 | Foto: AE

O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) morreu neste domingo, 16, em decorrência de câncer. Ricardo Nunes segue à frente da prefeitura da capital paulista.

Bruno Covas, de 41 anos, que vinha lutando contra o câncer desde 2019, apresentou piora na tarde da sexta, 14. Foi sedado pelos médicos do hospital Sírio-Libanês, que emitiram boletim afirmando que o quadro era irreversível.

Prefeito reeleito da capital, Bruno Covas permaneceu anestesiado na companhia de familiares e da equipe médica desde a sedação final.

O boletim foi assinado pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Ângelo Fernandez, diretores do hospital.

Boletim de Bruno Covas falava em quadro irreversível

De acordo com o boletim após a sedação, o prefeito Bruno Covas seguia internado e recebia medicamentos analgésicos e sedativos. O quadro clínico era considerado irreversível pela equipe médica.

Covas deu entrada no Hospital Sírio-Libanês para a realização de exames de controle, quando foi detectada a expansão do câncer originado na cárdia (uma válvula ligada ao sistema digestório).

Na ocasião, foi detectado o espalhamento do tumor para o fígado e os ossos do prefeito, que passou a receber tratamento imunológico, além da quimioterapia.

Ele era acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer e pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho.

O acúmulo descoberto foi decorrente de uma inflamação provocada por um dos tumores no fígado.

Bruno Covas lutava contra o câncer desde 2019

O prefeito descobriu que tinha câncer em outubro de 2019, quando exames que vinham sendo realizados para investigar o surgimento de uma trombose apontaram a existência de três tumores – um no fígado, um na cárdia (a transição entre o estômago e o esôfago) e outro nos gânglios linfáticos.

Covas estava há três anos na prefeitura da capital paulista. No ano passado, foi reeleito para mais quatro anos de mandato.

A descoberta do primeiro tumor, em 2019, não impediu que ele continuasse a cumprir suas funções no cargo,  limitando suas licenças médicas.

Segundo os médicos, Covas era categórico em pedir que houvesse transparência sobre a sua situação de saúde.

“Ele expressa de maneira veemente que a gente mantenha alto nível transparência e clareza”, disse Uip.

Resiliência como herança

Após a publicação do boletim médico sobre a sedação, Uip aifmrou que o prefeito tinha comportamento parecido ao do avô, Mário Covas, ex-governador de São Paulo, que morreu em 2001 em decorrência de um câncer na bexiga.

“Ele repete exatamente a atitude do avô, que foi um ícone em termos de transparência. O prefeito tem o mesmo perfil, quer que tudo seja divulgado e explicado.”

David Uip acompanhou Mário Covas, que governou São Paulo entre 1º de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001, quando, como o neto faz agora, se afastou do cargo em decorrência do agravamento do câncer que enfrentou por três anos.

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